Doença misteriosa deixa centenas de pessoas hospitalizadas no sul da Índia

Autoridades e especialistas em saúde estão preocupados com uma doença misteriosa que deixou mais de 500 pessoas hospitalizadas e causou uma morte no Estado de Andhra Pradesh, no sul da Índia.

Muitas pessoas começaram a ter convulsões sem motivos específicos, informou Geeta Prasadini, diretora de saúde pública.

Desde então, sintomas que vão desde náuseas e ansiedade até perda de consciência foram relatados em 546 pacientes internados em hospitais.

Uma possível motivação para a doença surgiu com o resultado de exames de sangue conduzidos pela All India Institute of Medical Sciences (Aiims), órgão público de pesquisa médica que detectou a presença de chumbo, níquel e outros metais pesados em amostras.

Também foi levantada a suspeita de contaminação por água em um país onde a falta de saneamento básico é um problema histórico.

Mas autoridades disseram que quem não usa o abastecimento de água municipal também adoeceu, e que os testes iniciais de amostras de água não revelaram qualquer produtos químicos.

O governo de Andhar Pradesh, na Índia emitiu uma nota oficial em que informa que, após as primeiras análises laboratoriais, foi constatado que a presença de níquel e de chumbo na água causaram o surto da “doença misteriosa”.

O governador Jagan Moran Reddy, informou ainda que os exames foram feitos pelos laboratórios do hospital Aiims de Nova Déli e de outras instituições de pesquisa da capital.

Todos os pacientes testaram negativo para a covid-19 e outras doenças virais, como dengue, chikungunya ou herpes.

Eles também não têm relação entre si e nem todos vivem na mesma área.

“As pessoas que ficaram doentes, principalmente crianças, começaram a vomitar após ter dor dos olhos”, afirmou um médico de um hospital público de Eluru ao jornal The Indian Express. “Alguns desmaiam ou convulsionam”, acrescentou.

Um homem de 45 anos com o único nome de Sridhar foi hospitalizado com sintomas semelhantes aos de epilepsia e morreu na noite de domingo (6), disseram os médicos.

Prasadini disse que a autópsia não esclareceu a causa da morte.