Prefeitos do Vale do Ivaí discutem lockdown na região

Reunidos na tarde desta terça-feira (23) pelo sistema virtual, prefeitos da Associação dos Municípios do Vale do Ivaí (Amuvi) defenderam a necessidade de um lockdown total nos 26 municípios da região e em todo o Paraná, como forma de estancar o avanço da Covid-19 junto à população.

Os 15 prefeitos que participaram do encontro manifestaram a disposição de adotar tal medida, porém desde que o governador Ratinho Junior (PSD) faça o mesmo em todo o Estado.

A proposta será apresentada ao governador pelo presidente da Amuvi, prefeito Ylson Álvaro Cantagallo (PSD), o Gallo, de Faxinal.

A sugestão da Amuvi é para que se feche tudo na região e no Paraná durante pelo menos sete dias, a partir do dia 1º de abril (quinta-feira), emendando todo o feriadão da Semana Santa e prolongando-se até a quarta-feira da semana seguinte.

Durante este período não funcionaria nada, nem posto de combustível, ficando abertas apenas as cooperativas para recebimento da safra agrícola. Aos restaurantes seria permitida apenas a entrega de refeições da porta para fora.

Conforme Gallo, o agravamento da situação por causa da Covid está cada vez mais preocupante. Segundo ele, os hospitais da região, principalmente os de Ivaiporã e Apucarana, já estão com os leitos de UTI esgotados e o estoque de medicamentos também está no fim.

Na sua avaliação, o lockdown é uma medida drástica, porém necessária para fazer com que as pessoas fiquem em casa, evitem aglomerações e cumpram todas as regras sanitárias estabelecidas pela saúde pública.

“Sabemos que o efeito negativo na economia dos municípios é grande, mas quanto vale uma vida, uma vida não tem preço, não”, argumenta Gallo, que passou mais de vinte dias internado com Covid e diz ter passado por momentos difíceis.

O prefeito de Ivaiporã e vice-presidente da Amuvi, Luiz Carlos Gil (PSD), se manifestou a favor do lockdown total, porém desde que todos os 26 municípios da Amuvi participem.

“Não adianta um município fechar tudo e o outro não fechar nada. E se o Paraná todo adotar o lockdown melhor ainda, assim não ficamos sozinhos”, argumentou.