Polícia Civil faz operação contra corrupção e fraude à licitação em unidades de saúde de Cascavel
A Polícia Civil deflagrou uma operação, nesta segunda-feira (1º), contra corrupção e fraude à licitação para melhorias em unidades de saúde de Cascavel, no oeste do Paraná.
Cerca de dez policiais civis cumpriram três mandados de busca e apreensão. Os policiais apreenderam computadores, celulares e documentos.
O material que for apreendido pode ajudar na investigação do caso e na produção de provas, conforme a Polícia Civil.
A polícia informou que, durante o cumprimento dos mandados, um servidor municipal foi preso em flagrante, por posse ilegal de uma arma, que foi apreendida.
As investigações
Segundo a Polícia Civil, a empresa escolhida na concorrência foi contratada por aproximadamente R$ 1,4 milhão.
Essa empresa deveria realizar serviços comuns de manutenção, reparos, adequações e melhorias nas unidades e serviços de saúde do município.
Durante as investigações, a Polícia Civil verificou uma possível relação de corrupção entre os proprietários da empresa e o agente público fiscal do contrato. Ele é, de acordo com a Polícia Civil, um servidor contratado em cargo comissionado e que recebeu vantagens indevidas.
O servidor público era o responsável por atestar o serviço e assinar as notas fiscais para pagamento, conforme informou a Polícia Civil.
Outras licitações
As investigações da Polícia Civil apontaram que essa empresa foi vencedora de outras licitações.
Desde 2018, de acordo com a Polícia Civil, recebeu mais de R$ 4,3 milhões. Esse dado está no Portal da Transparência de Cascavel.
A Polícia Civil também apura os outros contratos.
Ainda segundo a Polícia Civil, há indícios de que a empresa participava das licitações apresentando preços abaixo das concorrentes.
O que diz o município
A Prefeitura de Cascavel informou que demitiu o servidor investigado pela Polícia Civil e que está solicitando informações ao órgão policial para verificar se há outros servidores em investigação.
A administração disse também que pediu ao procurador-geral do município para que apure as informações possíveis para, se necessário, efetuar novas demissões e afastamentos.
O município ressaltou que não foi alvo de diligências na ação desta segunda-feira, e que vem, desde fevereiro, encaminhando todas as informações e documentos solicitados à Polícia Civil, “contribuindo de forma produtiva à elucidação dos fatos”.