Paraná poderá ter 15 novas praças de pedágio

Com o contrato das atuais concessionárias de cobrança de pedágio chegando ao fim, novas discussões passam a permear esse assunto. Na terceira semana de 2021, um projeto apresentado pelo Ministério da Infraestrutura tem causado divergências de opiniões na Assembleia Legislativa do Paraná. A proposta do Governo Federal conta com um valor de desconto limitado entre 15% a 17%.

Em entrevista para o Jornal Agora, o deputado e presidente da Frente Parlamentar do Pedágio, da Assembleia Legislativa (Alep), Arilson Chiorato, contou que junto com o encerramento desses contratos, uma nova modelagem de cobrança é proposta pelo Governo Federal. Nela, mais 15 praças de pedágio são instaladas no Paraná, aumentando para 42, o número que atualmente é 27; o estudo prevê aumentar o número de quilômetros de rodovias pedagiadas, de 2,5 mil para 3.327 mil quilômetros de rodovias estaduais e federais; e esse prazo de concessão do modelo híbrido terá validade de 30 anos. 

“De acordo com essa proposta, uma viagem de Mandaguari para Curitiba, por exemplo, que atualmente você paga R$57,10, com a nova modelagem esse trajeto vai passar a custar R$51,00, visto que terá esse desconto de cerca de 10%. Nas praças de baixo fluxo, como a de Jataizinho, onde esse valor é de R$24,00, vai baixar para R$12,00. Já nas praças de grande fluxo, como a de São José dos Pinhais, vai cair de R$23,00 para R$21,90. Então assim, nós vamos ter uma diminuição de tarifa em torno de 10% no estado todo, mas vamos ter mais 30 anos com esse valor fixo e também com mais lugares para pagar. Ou seja, isso é o bolso das concessionárias aumentando e o do povo diminuindo”, exemplificou Arilson. 

O valor que é pago no pedágio consiste em uma junção de taxas, são elas a taxa de construção; taxa de manutenção, que é a grama ao redor das rodovias cortadas, as faixas pintadas e a taxa de outorga, que é a concessão à população para transitar nessas rodovias. Segundo Chiorato, o requerimento da Assembleia é retirar a parte do valor referente à permissão para o uso das vias públicas. 

O presidente alega ainda, que as obras inacabadas da atual concessionária, que foram pagas com os impostos da população, serão cobradas e frutos de promessas novamente. Quanto ao pedágio de Mandaguari, ele disse que a proposta da Alep é fazer com que os mandaguarienses não precisem usar a estrada rural como desvio, e sim poder passar pela praça sem pagar nenhum pedágio.

Para aprovar esse projeto o Governo Federal não precisa de uma aprovação da Assembléia, porém para ceder o controle das rodovias estaduais para outros é necessário que esse projeto seja aprovado pela Assembléia Legislativa do Paraná, que segundo o deputado, não será algo positivo, visto que não há cinco votos positivos para tal proposta. 

Segundo o deputado, o povo é a melhor maneira de barrar esse novo modo de cobrança. “O que o povo pode fazer para mudar isso, é se unir, é realmente reclamar e expressar sua opinião nas redes sociais, e se precisar ir pra rua, com segurança. Caso contrário serão mais 30 anos pagando um pedágio fora do comum”, expressa Arilson Chiorato.

Novas praças de pedágios-Confira aqui a lista de cidades que podem receber as novas praças de pedágio:

– Sengés (PR-151)

– Siqueira Campos (BR-272)

– Jacarezinho/Ourinhos (BR-153)

– Califórnia (BR-376)

– Norte de Tamarana (PR-445)

– Jussara (PR-323)

– Tapejara (PR-323)

– Perobal/Cafezal do Sul (PR-323)

– Guaíra/Terra Roxa (BR-272)

– Guaíra/Mercedes (BR 163)

– Toledo/Cascavel (BR-467)

Deputado e presidente da Frente Parlamentar do Pedágio, da Assembleia Legislativa (Alep), Arilson Chiorato.

 

Possíveis novas tarifas de Pedágio.