Paraná ativou 549 leitos na macrorregião noroeste, mas situação é de “colapso”

O Governo do Estado divulgou nesta quarta-feira (10) um balanço da quantidade de leitos que foram criados em todo o Paraná desde o início da pandemia. Ao todo, foram ativados 3.938 leitos exclusivos covid-19.

Segundo o Estado, na macrorregião noroeste, foram incorporados à rede hospitalar 549 leitos: 226 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 313 de enfermaria adulto. Leitos infantis, foram 05 de UTI e 05 de enfermaria. A macrorregião noroeste abrange 115 municípios e cinco regionais de saúde.

Somente em Maringá, segundo o estado, foram abertos 82 leitos de UTI e 107 de enfermarias. Os leitos infantis foram todos abertos em Maringá.

Apesar disso, a situação continua bastante crítica no sistema de Saúde. O diretor da 15ª Regional de Saúde de Maringá, Ederlei Alkamin, afirmou nesta quarta-feira (10) que a ocupação de leitos é de 100% na macrorregião.


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“O panorama hoje é de ocupação de 100% e com pacientes esperando internação, tanto em leitos de enfermaria quanto em leitos de UTI. São pacientes que estão aguardando em algum serviço, no pronto atendimento, numa UPA, para serem encaminhados para um leito um pouco mais qualificado”, explica.

Segundo ele, a regional está fazendo qualificação de profissionais para atender nas unidades da região, mas a situação é de colapso.

“A gente vem expandindo também para esses serviços uma certa qualificação em termos de equipamentos, respiradores, monitores, em Astorga, Paiçandu, Nova Esperança, para que atendam com maior qualidade esses pacientes. Mas a situação é muito crítica, é de colapso da rede, com represamento de pacientes”, frisa Alkamin.

O secretário estadual de Saúde, Beto Preto, falou em entrevista coletiva nesta quarta-feira (10) sobre a situação que vive o estado, principalmente com relação a variante P1 do coronavírus.

“Estamos diante da cepa P1 amazônica, brasileira, muito forte e rápida. Consegue fazer a evolução da doença em um tempo muito menor. E o tempo de permanência média dos pacientes nos hospitais é de 10% a 12% maior do que o coronavírus do ano passado. Ao menos tempo, estamos com dificuldades de equipes, de área física, equipamentos”, reforça Beto Preto.

 

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