Idosa do Paraná não consegue receber auxílio emergencial após descobrir mulher no Mato Grosso com documentos iguais aos dela

Uma idosa que mora em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, conta que foi impedida de sacar o auxílio emergencial, do Governo Federal, após descobrir que outra mulher utiliza documentos exatamente iguais aos dela, em Rondonópolis, no Mato Grosso.

Lúcia dos Santos, de 60 anos, disse que soube do caso nas últimas eleições, quando foi informada de que uma outra pessoa já havia votado no lugar dela.

Neste ano, ao tentar sacar o dinheiro do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e do auxílio emergencial, a idosa conta que a outra pessoa, no Mato Grosso, já havia feito o saque.

“Chegando lá, descobrimos que esse valor já tinha sido sacado por uma pessoa de Rondonópolis, numa agência de Rondonópolis. Eu estou precisando desse auxílio, eu sou uma pessoa que precisa, eu trabalhei muito”, disse a moradora do Paraná.

A Lúcia que mora no Paraná contou ainda que não conseguiu solicitar o processo para a aposentadoria porque a mulher com documentos de mesmo nome fez a solicitação antes.

“Eu sou a verdadeira Lúcia dos Santos”, disse.

Documentos perdidos

A idosa relatou que morava em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, quando era jovem e que, em um determinado dia foi passar um fim de semana na casa de amigos em Rondonópolis.

Ela contou que perdeu a carteira de identidade (RG) no município.

Dona Lúcia, do Paraná, e a família desconfiam que a pessoa no estado mato-grossense pode ter agido de má fé.

“A pessoa que se apossou desse documento está me trazendo transtornos até hoje”, desabafou.

A mulher que possui os documentos iguais aos da idosa do Paraná apresentou fotos dos documentos mas não quis falar sobre o assunto. O filho dela informou não saber detalhes. “Eu não sei como tá esse negócio porque, para a minha mãe, ela foi registrada e pronto”, disse.

A família do Paraná registrou Boletim de Ocorrência (B.O.) do caso pelo crime de estelionato. A Polícia Civil informou que a investigação cabe à Polícia Federal, porque a situação envolve benefícios do INSS e da Caixa Econômica.