Data da morte de Tatiane Spitzner se torna Dia de Combate ao Feminicídio no Paraná

Uma lei sancionada pelo governador Ratinho Junior, na terça-feira (25), tornou a data da morte da advogada Tatiane Spitzner, 22 de julho, em Dia de Combate ao Feminicídio no Paraná.

De acordo com a autora do projeto, a deputada Cristina Silvestri (PPS), a morte de Tatiane acendeu o debate sobre o tema da violência contra a mulher. Segunda ela, ações serão feitas nos municípios.

“Cada município tem a liberdade de fazer uma ação diferente, mas todas convertem no mesmo tema. Já estão sendo organizadas, por exemplo, exposições, passeatas, distribuição de materiais impressos, blitze e palestras”, explicou.

Caso Tatiane Spitzner

A advogada foi encontrada morta na madrugada do dia 22 de julho no apartamento em que morava em Guarapuava, na região central. Conforme a Polícia Militar (PM), houve um chamado informando que uma mulher teria saltado ou sido jogada do 4º andar de um prédio.

Luis Felipe Manvailer, então marido da vítima, foi preso horas depois da morte ao se envolver em um acidente na BR-277, em São Miguel do Iguaçu, no oeste do Paraná.

Ele irá a júri popular pelos crimes de homicídio qualificado e fraude processual. Manvailer foi acusado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por homicídio qualificado por motivo torpe, asfixia mecânica, dificultar a defesa da vítima, além de feminicídio.

Os advogados do então marido da vítima pedem a impronúncia do crime de homicídio, que é quando a Justiça conclui que não há indícios para que o réu seja identificado como autor.

A defesa pede também que ele seja absolvido do crime fraude processual e que responda em liberdade. Uma prima de Tatiane morreu vítima de feminicídio pouco mais de um ano antes, em fevereiro de 2017, em Cantagalo, também na região central.

O ex-companheiro de Marcia Spitzner foi condenado a 78 anos e 5 meses de prisão, em júri popular realizado em junho deste ano.