Caso Tatiane Spitzner: Júri de Luis Felipe Manvailer é remarcado para fevereiro de 2021

A Justiça remarcou nesta sexta-feira (4) o júri popular de Luis Felipe Manvailer, acusado de ter matado a advogada Tatiane Spitzner, para 10 de fevereiro de 2021, às 9h. A remarcação ocorreu após pedido da defesa do réu por incompatibilidade de datas.

Tatiane foi encontrada morta na madrugada do dia 22 em julho de 2018, após cair do 4º andar do apartamento em que morava em Guarapuava, na região central do Paraná.

Manvailer, que está preso, é acusado de homicídio qualificado e fraude processual. Em setembro deste ano, a Justiça tinha agendado o julgamento do réu para os dias 3 e 4 de dezembro.

Com o adiamento do júri na quarta-feira (2), depois que um advogado de defesa de Manvailer foi diagnosticado com Covid-19, a Justiça havia indicado 25 de janeiro de 2021 como nova data.

Porém, a defesa de Manvailer já estava intimida para participar de quatro audiências de réus presos em outros casos nos dias 25 e 26 de janeiro.

O que se sabe do caso de Tatiane Spitzner

A Justiça também remarcou o sorteio de jurados, que ocorreria em 14 de dezembro, para 11 de janeiro de 2021, às 13h15.

Em nota, a defesa da família de Tatiane informou que aguardará o julgamento “com a tranquilidade de que a decisão será condenatória”.

Também por meio de nota, a defesa do réu afirmou apenas que houve a atualização por conta de outros julgamentos anteriormente marcados.

Relembre o caso

Tatiane Spitzner foi encontrada morta na madrugada do dia 22 de julho de 2018. De acordo com a Polícia Militar (PM), houve um chamado informando que uma mulher teria saltado ou sido jogada de um prédio.

A polícia informou que encontrou sangue na calçada do prédio ao chegar no local. Testemunhas disseram que um homem carregou o corpo para dentro do edifício. Conforme a PM, o corpo de Tatiane estava dentro do apartamento.

Imagens mostram agressões de marido a advogada que caiu do 4º andar de prédio

STJ determina que Luis Felipe Manvailer responda pela qualificadora de motivo fútil

Luis Felipe Manvailer foi preso horas depois da morte da advogada ao se envolver em um acidente na BR-277, em São Miguel do Iguaçu, no oeste do Paraná. A cidade fica a aproximadamente 340 quilômetros de Guarapuava, onde o crime aconteceu.

Durante uma audiência de custódia, Manvailer negou que tenha matado a esposa e disse que advogada cometeu suicídio.

O acusado disse ainda que se acidentou porque a imagem de Tatiane pulando da sacada não saía da cabeça dele. Para a Polícia Civil, Manvailer tentava fugir para o Paraguai.

Em uma audiência de instrução, o acusado negou novamente que matou a advogada. Ele declarou que a família de Tatiane influenciou algumas testemunhas que disseram na delegacia que haviam ouvido a advogada gritando durante a queda.

Segundo Manvailer, as testemunhas mudaram o depoimento nas audiências. No mesmo dia, o acusado preferiu não responder ao questionário feito pela Justiça e a audiência foi encerrada.

Luís Felipe Manvailer, professor universitário de biologia, era casado com Tatiane desde 2013, e o casal não tinha filhos.