Tira teima

Disputa municipal de 2024 em Mandaguari pode opor os quatro prefeitos deste século!

REDAÇÃO
do Jornal Agora

Ainda falta um ano para as eleições do próximo ano em Mandaguari, mas há algo de histórico se desenhando no horizonte. Os quatro prefeitos que comandam, ou comandaram a cidade desde a virada do século, podem se enfrentar nas urnas em 2024.

Em um ano, muito pode ocorrer, inclusive nada, passando por desistências e até composições, os chamados acordos, mas nos meios políticos é mais que se candidatem do que o contrário. São eles a atual prefeita Ivonéia Furtado (Cidadania), Ari Stroher (2001-05), Cileninho (2005-12) e Romualdo Batista (2013-2020).

Curiosamente, todos já tiveram alianças entre si, mas o cenário momentâneo é de distanciamento entre os quatro, que são os principais atores políticos da história recente de Mandaguari. Em 2016, por exemplo, Batistão enfrentou Ivoneia, sua então vice, tento Ari Stroher como companheiro de chapa. Por seu lado, Cileninho apoiou a hoje prefeita naquela ocasião, na condição de secretário de Estado.

Candidata

Entre os quatro líderes citados, a candidatura mais certa e provável é da atual prefeita, exatamente por estar ocupando a cadeira de prefeita desde 2021. Não há pesquisas divulgadas, mas é perceptível uma recuperação da gestão com entrega de algumas obras e uma nítida melhora de avaliação.

Filiada ao Cidadania, antigo PPS, Ivonéia Furtado ainda não definiu o seu destino. Há uma possibilidade real de filiação no PSD, partido do atual governador Ratinho Júnior.

Quanto à renovação da aliança com o atual vice, Jorge do Alambique, ambos já estiveram mais afastados, e não comungam das mesmas ideias e opiniões, porém o pragmatismo tente a prevalecer e ambos devem renovas a aliança de 2020 em 24.

“Ainda é muito cedo para tratar desse assunto. Haverá muito diálogo até as convenções”, despista. O prazo para definição de chapas vai até agosto do próximo ano.

Batistão

Quando terminou seu mandato, em dezembro de 2020, Romualdo Batista não era um prefeito mal avaliado, mas também estava longe de ser alguém impopular. Carregando um desgaste de oito anos de mandato, deixou uma cidade sem grandes obras, porém organizada e com dinheiro em caixa. À época, próximo de R$ 32 milhões.

Batistão não é um político de carreira, daqueles que se dedicam o tempo todo à prática, mas é carismático e bem relacionado. Durante esse período, fez pouca ou nenhuma crítica à atual prefeita, e preferiu a sombra e o silêncio.

Questionado sobre o desejo de uma candidatura, o ex-prefeito sai pela tangente. “Não é meu maior desejo, acho que já dei minha contribuição, porém estou à disposição para dialogar.” Filiado ao PDT, Batista ainda não definiu para onde vai, e o prazo para isso vai até abril.

Eleito pelo PT em 2012 e reeleito por seu atual partido quatro anos depois, o empresário vive um dilema. Possui votos, mas não tem grupo, e com o grupo que poderia o acolher mantém uma relação de proximidade relativa. Construir uma candidatura, portanto, requer muitos movimentos. Resta saber qual a sua disposição para tal.

Cileninho

Afastado das campanhas desde 2014, quando se candidatou a deputado estadual, o ex prefeito Cileninho tem demonstrado ânimo para o embate. “Sou candidato e pretendo fazer uma campanha de comparação, das obras que deixei e daquilo que os prefeitos que me sucederam fizeram, e a população que julgue”, aponta.

Condenado na justiça por ter autorizado terraplanagem para uma empresa no município durante sua gestão, Cileninho deve se beneficiar de uma alteração no prazo de cumprimento de penas, aprovado pela Câmara dos Deputados. Se o Senado ratificar a mudança e o Presidente da República sancionar, o que é a tendência, ele estará liberado.

A exemplo de Batistão, Cileninho também não possui um grupo mobilizado no momento, mas acredita que isso não será empecilho. Ele inclusive teria recebido as benções de Ricardo Barros, seu amigo e líder político, para levar a candidatura adiante.

 

Ari Stroher

Prefeito entre 2001 e 2005, e vice entre os anos de 2017 e 2020, Ari Stroher segue ativo na política, liderando o MDB, partido no qual está de 2003, mas do qual já foi filiado na juventude. Sua atuação inclusive é regional, organizando a sigla em outras cidades.

Em 2020, Stroher apoiou seu sócio, o empresário Marcos Jovino, segundo colocado naquela disputa. Jovino tem dito a amigos que não pretende se candidatar, que está totalmente focado nos negócios e que Ari é hoje o nome mais provável do grupo.

Em visita recente aos estúdios, da Agora FM, Stroher disse, diante de amigos, que não definiu o futuro, e que pretende ouvir a família antes de tomar uma posição. Metódico e organizado, faz pesquisas cotidianamente e monitora à meia distância o cenário.

Com a possibilidade das quatro candidaturas, Mandaguari poderá ter uma disputa imprevisível, uma das mais difíceis da história, um verdadeiro tira teima entre quatro pesos pesados.