“Temos muito a comemorar”

Na última semana, o presidente da cooperativa de crédito Sicredi Agroempresarial PR/SP, Agnaldo Esteves, concedeu entrevista exclusiva ao Jornal Agora para comentar sobre o atual momento econômico do país, crescimento da cooperativa no último ano e sobre o processo assemblear, de prestação de contas, realizado junto aos cooperados. Confira a seguir os principais trechos da conversa.

Jornal Agora: Com as assembleias concluídas, que balanço pode ser feito desse contato com os associados e resultados apresentados?

Agnaldo Esteves: Sentimento de dever cumprido. Esse ano fizemos assembleias em todas as cidades [em que a Agroempresarial PR/SP atua]. São 26 agências e mais duas reuniões com coordenadores. A participação foi fantástica.

Na assembleia, você disse que esse ano é o melhor da história do Sicredi…

Como cada ano tem sido. Nós temos um crescimento natural em alguns produtos de até 30%, e 10% a 15% de associados todos anos. Estamos falando que entram dez mil cooperados a cada ano na Agroempresarial. A nível nacional, são 4,5 milhões de cooperados do Sicredi. Temos colhido frutos e resultados recordes ano a ano.

São Paulo corresponde a qual porcentagem da cooperativa?

Dos nossos 73 mil associados, temos dez mil em São Paulo. Hoje temos cinco agências no estado, a mais jovem é a de Alphaville [em Barueri], e mesmo lá, que está iniciando os passos, já estamos com mais de 1,5 mil associados.

Quanto à economia nacional, qual a perspectiva para esse ano? Como o mercado reagiu à notícia de que o PIB cresceu apenas 1,1% no ano passado?

De certa forma não foi surpreendente. O Brasil está num momento de estabilização. Esses dias até ouvi o presidente da John Deere falar, e concordo, que nós estamos num momento de ajuste, experimentando a taxa Selic a 4%, daqui a pouco até menos. As taxas de juros nunca estiveram tão competitivas, mas os investimentos acabam encolhendo um pouco. As pessoas estão aguardando. E no cenário internacional soma-se isso ao coronavírus, que é algo que chama atenção, está matando, é perigoso.

Agora em relação ao Brasil eu vejo momento de estabilização. Nós temos um governo que ao meu ver tem boa intenção, temos um ministro da economia inteligente, mas às vezes fala bobagem.  Não sei como as lideranças falam algumas coisas que fogem, decepcionam… enfim, eu vejo período de estabilização. E aí sim, a partir do próximo ano, acho que vamos experimentar algo bem melhor no Brasil.

Agora sim, muitas coisas melhoraram. Você vê a economia dando sinais, algumas coisas foram equilibradas, medidas de austeridade. Eu vejo o país num caminho bom. Um país continental tem muita coisa pra acertar, não é fácil. É um desafio muito grande.

E quais as perspectivas para os 35 anos do Sicredi Agroempresarial, que serão comemorados esse ano?

Temos muito a comemorar. Daqui a pouco a cooperativa comemora R$ 2 bilhões em ativos, 100 mil associados. Pensamos em fazer algo economicamente viável, e que ao mesmo tempo não deixemos de comemorar com o associado. Estamos na negociação com a Hiran Produções para o Sicredi Day na ExpoMandaguari, com show de Bruno e Marrone. É um investimento de cunho econômico e social, para valorizar associados, tudo bem organizado. E com isso fazer um show leve, com a família Sicredi. Com isso também se viabiliza a ExpoMandaguari com os demais shows, rodeio e praça de alimentação. O Sicredi se preocupa com os associados, entretenimento, responsabilidade e organização. É um conjunto pra valorizar município, região, cooperativa e todos.

*Entrevista publicada na 339ª edição do Jornal Agora