Semana foi marcada por manifestação, e racha entre Câmara e Prefeitura

Na última quarta-feira (3), uma reunião da Comissão de Enfrentamento à Covid-19 de Mandaguari terminou em polêmica, marcando rompimento entre Câmara e Prefeitura.

Antes da reunião, comerciantes se reuniram do lado de fora do prédio do Legislativo pedindo a reabertura das lojas da cidade, que estão fechadas desde 27 de fevereiro, por conta de decreto estadual. Na ocasião, o decreto municipal que determinava até o fechamento da indústria ainda não havia sido publicado. Alguns lojistas defendiam que todas as atividades deveriam parar, não apenas o comércio.

Ainda pouco antes da reunião, estourou a polêmica entre Executivo e Legislativo. A Câmara cedeu espaço para a Comissão realizar a reunião, e os vereadores alegam que foram proibidos de participarem do encontro. “A Casa de Leis tem oferecido todo o apoio necessário na definição de caminhos para o município durante a pandemia. Apesar disso, não foi permitido que os vereadores permanecessem no local, sob o argumento de que não são titulares do grupo. Apenas o vereador Professor Danilo (PDT) pôde participar da reunião, por ser titular na comissão”, diz a assessoria do Legislativo em nota.

Em entrevista ao Jornal Agora, após o episódio, o presidente da Câmara, Alécio do Cartório (PSD), afirmou que viveu a situação mais humilhante de sua vida. “De agora em diante, a Câmara vai cuidar apenas do que é do Legislativo, e a Prefeitura que cuide do que é de sua competência”.

Integrantes da comissão foram ouvidos pela reportagem e rebateram a versão da Câmara. Segundo eles, o presidente da Casa de Leis foi convidado a participar da reunião, pediu que outros vereadores também pudessem entrar, mas quando teve sua solicitação recusada optou por deixar o local, em apoio aos demais legisladores.

O rompimento ocorre em meio à pior crise sanitária da história, que é a pandemia de Covid-19.

*Reportagem publicada na 361ª edição do Jornal Agora