Romagnole projeta crescimento de 24% em 2019

A Romagnole completa 57 anos de existência na segunda-feira (18), com muito a comemorar e números invejáveis. Com plano de investir R$ 25 milhões em sua expansão neste ano – aplicados em modernização do parque fabril e processos de automatização e robotização das linhas de produção – a expectativa é de crescer 24% em 2019.

Ao Jornal Agora, o presidente do Grupo Romagnole, Alexandre Romagnole, faz uma análise positiva do momento vivido pela empresa. “A gente tem olhado para outras empresas de 100, 150 e até 200 anos e vemos que ainda temos muito para realizar, mas o principal de toda essa história é que a empresa não perdeu aquilo que são as raízes dela, que são ética e trabalho. Nós estamos sempre buscando novas soluções para os problemas, pois eles mudam todo dia, assim como as necessidades dos clientes. Então essa reinvenção que fazemos diariamente tem mantido a empresa viva”, afirma.

Alexandre acredita que o sucesso da Romagnole é pautado em muito trabalho. “Se a empresa vai ter mais 50 ou 100 anos de existência não dá pra saber. O que nós sabemos é que nosso trabalho tem sido dedicado para que ela dure muito, e principalmente porque ela deixou de ser um negócio de família. Hoje a Romagnole é uma instituição, ela tem responsabilidade social muito grande. São muitas famílias envolvidas diretamente, e nós temos essa consciência. Então para nós é um orgulho muito grande ter conseguido chegar até aqui, e ao mesmo tempo temos a responsabilidade de manter esse nível”, complementa. 

Crise
Há alguns anos o Brasil vem passando por uma crise político-econômica. O presidente do Grupo Romagnole acredita que as crises são cíclicas, e declara que a estratégia para resistir aos tempos de ‘vacas magras’ é eficiência de gestão e proximidade com o cliente. 

“A nossa preocupação logo no início da crise é criar um balão de oxigênio. Você precisa ter reforço de caixa, relacionamento muito próximo dos clientes, estrutura muito atualizada, adequada e enxuta para passar o momento de crise. E muito cuidado de onde investir seu capital e como cuidar dos seus talentos. Essa foi nossa preocupação, que é uma receita super simples. Na verdade toda receita é simples, o grande problema é implementação”, diz.

“Muito se fala em plano estratégico, e as pessoas até contratam consultoria pra isso, mas a estratégia tem que ser 10% e a execução 90%. Uma boa estratégia com execução mal feita não para de pé. Uma excelente execução com planejamento não tão bom ainda funciona bem. Isso foi uma grande preocupação nossa, de manter a empresa sustentável e robusta durante esse ciclo de crise, nos preparando para esse novo clico de crescimento”, detalha. 

Crescimento
Durante a entrevista que concedeu ao Jornal Agora, Alexandre falou que o Brasil deve passar por um período de crescimento em breve. Ele acredita que a reforma trabalhista e a reforma da previdência sejam cruciais para isso, tanto quanto outras reformas, como a do Judiciário. “Creio em quatro a cinco anos de bom momento brasileiro, e depois vamos entrar em crise de novo”.

Quanto à expectativa de crescimento da Romagnole, o presidente do grupo diz que será de 24% neste ano. “Em 2018 praticamente não crescemos, então nossa meta é voltar à base do ano passado para alcançar esse número. Também estamos lançando novos produtos”.

E para quem está começando a empreender, Alexandre deixa uma dica. “Proximidade com o cliente para entender esse novo clico de crescimento. Não importa o que você faz, isso tem que valer, pois é o cliente quem paga a conta no fim do dia. Uma gestão muito coerente de caixa é necessária também, pois o que quebra uma empresa é problema de gestão financeira. Não adianta acelerar demais, mas crescer gradativamente”, conclui. 
 

*Matéria publicada na 290ª edição do Jornal Agora