Reunião para discutir situação da Estrada Terra Roxa termina sem avanços

Neste mês de março, a Estrada Terra Roxa voltou a ser motivo de disputa entre a população de Mandaguari e a concessionária Viapar, que administra a praça de pedágio local. Desde o dia 12 de março, quando a empresa conseguiu na Justiça uma liminar que permite o fechamento dos acessos à estrada rural – que funciona como rota alternativa ao pedágio – moradores estão acampando na Terra Roxa para evitar que o bloqueio ocorra.

Depois de semanas de silêncio da Viapar, o presidente Guilherme Nogueira de Castro aceitou participar de uma reunião na Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística para debater o assunto. O encontro ocorreu nesta segunda-feira, dia 29 de março, e contou com a presença do secretário Sandro Alex, além da participação dos deputados Jacovós, Evandro Araújo, Douglas Fabrício, Adriano José, Tercílio Turini e Tiago Amaral, bem como representantes do movimento “Pelo direito de ir e vir”.

Na prática, o debate terminou sem avanços, e foi uma reunião para marcar uma próxima reunião. Na visão do deputado Delegado Jacovós, apesar de não terminar com uma definição a respeito do assunto, o debate foi produtivo. “Eu marquei a reunião quando estive em Mandaguari com o pessoal do movimento. Nos próximos dias deve ocorrer uma próxima reunião e esperamos que se chegue a um consenso. Vamos negociar até o último momento, e pedi bom senso da Viapar, em não fechar os acessos, já que os contratos vencem em novembro, e a empresa tem que dar um retorno social. Eles estão explorando o pedágio há 24 anos, e tem que dar um retorno à sociedade”, destaca o parlamentar.

O deputado Evandro Araújo afirma que o encontro foi tenso, porém importante. “Ali pudemos colocar com muita clareza para o presidente da Viapar a necessidade de cumprirem o acordo feito em 2017. A concessionária alegou que era um pré-acordo, mas isso não existe. Tanto eles aceitaram o acordo, que esse tempo todo eles mesmos controlaram as cancelas, fizeram todo o processo ali na Terra Roxa”, ressalta.

“A reunião nos deu a condição de falar o que o povo de Mandaguari e Marialva gostaria de falar. A gente não pode confiar que teremos um acordo de cavalheiros que no futuro não possa ser reclamado na Justiça. Eu queria que a sociedade acompanhasse todo esse desfecho, que não desistisse dessa luta”, complementou Araújo em entrevista ao Portal Agora.