O segredo está na dedicação

O curso mais concorrido da Fuvest 2018 é o de medicina da Universidade de São Paulo (USP). A relação de candidatos por vaga chegou a 115,24 – foram pouco mais de 14 mil candidatos. Levando em conta estes números, muitos diriam que é questão de sorte conseguir uma vaga para o curso em uma das principais instituições de ensino superior da América Latina.

Entre os milhares de estudantes que participaram do Fuvest está o mandaguariense Augusto Villar de Almeida, 18 anos. Filho do médico cardiologista Marcos César de Almeida e da dentista Vilma Villar de Almeida, o jovem passou em 27º lugar para cursar medicina na USP, e afirma que estar entre os primeiros é, definitivamente, uma questão de dedicação.

Durante entrevista concedida ao Jornal Agora, Augusto contou que foi no ensino fundamental que surgiu o desejo de ser médico. “Foi quando eu decidi, e depois passei o ensino médio inteiro falando que medicina era o curso que escolhi. Praticamente não tive dúvida”, relata o jovem.

Dedicado aos estudos, Almeida conta que prestou seis vestibulares e fez dois anos de cursinho. “E foi com muito auxílio dos professores, dos coordenadores do cursinho, que consegui alcançar o resultado que tive, tudo com muito estudo, excesso de dedicação e foco”, detalha.

Augusto conta que sua rotina na preparação para o vestibular foi praticamente estudo, e diz que não conseguiu conciliar vida social com o aprendizado. “Vou ser honesto. Tem gente que consegue sair e se divertir, mas eu não consegui. Estudei muito, e saí em São Paulo, nestes últimos dois anos, os quais tenho morado lá, apenas três vezes. Quando saía era para churrasco ou algo leve”.

Para Almeida, não existe segredo ou caminho fácil para ser aprovado no vestibular. A mãe dele, Vilma, estudava junto com o rapaz na maioria das vezes. Fato curioso que o calouro contou à reportagem foi que esta é a segunda vez que ele tenta ingressar em medicina na USP. “Da primeira vez que fiz a prova gabaritei biologia, física e química, mas não fui aprovado. Já neste ano não cheguei a gabaritar, porém diminuí muito o número de erros, que ficaram entre um e dois em cada matéria do vestibular”.

O próximo passo para Augusto é aguardar o início das aulas. Perguntado sobre qual especialidade da medicina ele deseja seguir, o jovem conta que ainda não decidiu. “Tem longos seis anos pela frente e muito conteúdo para aprender, então ainda há tempo para escolher”, finaliza.