“O abastecimento no município de Mandaguari segue relativamente confortável”, diz o gerente regional da Sanepar Vítor Gorzoni

Nesta quarta-feira (29) o gerente regional do noroeste do estado da Sanepar, Vítor Gorzoni, concedeu entrevista na rádio Agora FM e falou sobre a situação hídrica em Mandaguari.

A crise hídrica vem assolando muitos estados brasileiros entre eles o Paraná há algum tempo, porém a escassez de água agravou no ano de 2020, principalmente nos grandes centros urbanos, o que levou muitas cidades do estado a adotarem rodízios para seus consumidores.

Na região, Jandaia do Sul e Marialva, duas cidades vizinhas de Mandaguari, vem adotando o rodizio já algum tempo. Jandaia atendida pela Sanepar, adotou o sistema de 24h x 24h, ou seja, um dia de água nas torneiras e outro sem.

Vítor Gorzoni, de início, tranquilizou a população mandaguariense em relação a um possível desabastecimento. Segundo o gerente a cidade é abastecida por dois mananciais, os rios Caitú e Benjoim. “Durante a escassez hídrica nós conseguimos manter o volume dos rios e a situação aqui é confortável. Fora os rios temos três poços e eles não apresentaram desvios significativos, portanto o abastecimento no município de Mandaguari segue relativamente confortável”.

Mesmo não correndo riscos, Gorzon alertou que as pessoas devem economizar água. “Estamos vendo escassez hídrica em todo o país e no estado, principalmente na região metropolitana de Curitiba e trabalhamos para que isso não se repita aqui no interior, então a população tem que fazer a parte dela”.

Um dos fatores levantados por Vítor sobre a situação dos rios que abastecem Mandaguari, é a preservação em torno das suas margens, “O Rio Benjoim, quando caminhamos pelas suas margens percebemos que é um rio muito preservado, tem uma mata ciliar e nativa abundante”. Ainda conforme relatado por ele ao longo dos anos a Sanepar tem percebido que as margens dos rios em Mandaguari são bem conservadas. Com esse trabalho de preservação os rios acabam ganhando veias de água que se tornam nascentes e começam a alimentar os mananciais. Essa situação não acontece em outros rios onde há a ação do homem trabalhando muito próximo, o que acaba atrapalhando o nascimento dessas nascentes.

Por outro lado, o Caitú que está próximo a área urbana e sofre mais com a ação humana, “Isso faz com que possa apresentar uma vasão um pouco menor durante essa crise”.

A Sanepar trabalha com análises e radares do Simepar, a perspectiva para a estatal é de que as chuvas que irão ocorrer no final do ano e no primeiro semestre de 2022, ainda estarão abaixo da média, em torno de 20% abaixo da média histórica. “Outubro começa a época da chuva e vai chover mais que setembro, porém ainda abaixo da média e estamos acompanhando isso com muita atenção”, finaliza Vítor.