Ministério Público arquiva investigação de supostas irregularidades na Agricultura

A Prefeitura de Mandaguari foi notificada oficialmente, na segunda-feira (4), que o Ministério Público (MP) arquivou a investigação sobre supostas irregularidades na Secretaria de Agricultura. O arquivamento ocorreu no dia 6 de fevereiro, e o MP informa que “não se observou a existência de irregularidades”.

Em nota oficial divulgada através da página do município, o secretário de Agricultura, Yohann Furtado, um dos investigados no caso, informou que o arquivamento é um resultado que a pasta já esperava. “Desde o início, estamos fornecendo, com total transparência, todas as informações que foram solicitadas. Esclarecemos as dúvidas, encaminhamos uma série de provas que embasaram nossas ações: tínhamos absoluta certeza e tranquilidade de que a justiça seria feita”, declarou o secretário à assessoria de imprensa da gestão.

Arquivamento no MP “reacendeu a chama” de CPI

Enquanto isso, na Câmara de Vereadores o caso voltou a ser pauta nesta semana. Diante do arquivamento oficializado pelo MP, o Legislativo informou que está chegando à reta final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as supostas irregularidades.

A expectativa dos vereadores integrantes da comissão é de ouvir 16 depoimentos, de agricultores, funcionários públicos e o secretário de Agricultura, até sexta-feira (8). Através de nota divulgada pela assessoria de imprensa da Câmara, o vereador Eron Barbiero, presidente da CPI, afirmou que “a partir da denúncia com várias provas, feita por um munícipe da cidade no ano passado, temos nos desdobrado sobre essa situação, com um único objetivo: esclarecer o caso, para gerar transparência e dar respostas adequadas a toda a população. O papel do vereador é, também, fiscalizar, e é isso que estamos procurando fazer”.

A Câmara, aliás, quase perdeu o prazo para conclusão da CPI, que foi prorrogado em sessão extraordinária no começo de março.

Entenda o caso

Segundo a denúncia, que foi apresentada por um agricultor, no dia 30 de outubro de 2021 servidores públicos, em horário extraordinário, teriam utilizado equipamentos do Município para obras em propriedade rural particular. De acordo com o documento, a ordem para a prestação dos serviços haveria partido do secretário municipal de Agricultura, Yohann Furtado, e do diretor de Abastecimento Municipal, Fernando Ricardo Cedran. A acusação formal estava acompanhada por materiais como fotos e vídeos.

Já o município alega que tudo ocorreu dentro da lei, que autoriza a contratação por particulares do maquinário municipal para a realização de obras em estradas rurais privadas.