Mandaguari aparece em lista de cidades com obras públicas paralisadas

O Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR) divulgou, nesta quarta-feira (8) uma lista apontando 137 obras públicas paralisadas em 72 municípios paranaenses. O orçamento global dessas edificações, de responsabilidade do governo estadual e de 61 prefeituras, chega a R$ 691,2 milhões, sendo que R$ 303,5 milhões – 43,9% do total – já deixaram os cofres públicos para custear os trabalhos.

Esses foram os números obtidos pelo Tribunal ao realizar, no primeiro trimestre deste ano, uma apuração completa sobre o problema. Os dados integrarão um levantamento nacional sobre grandes obras suspensas, que está sendo realizado por iniciativa conjunta do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon).

O objetivo do Comitê Interinstitucional de Diagnóstico de Grandes Obras Suspensas é apontar número, valores e condições das obras públicas com orçamento maior ou igual a R$ 1,5 milhão que estão paralisadas em todo o país. O levantamento em cada estado ficou a cargo do respectivo Tribunal de Contas – a corte paranaense já encaminhou as informações consolidadas ao comitê.

Mandaguari

Entre as cidades que aparecem no levantamento do TCE está Mandaguari. O documento aponta que na cidade há uma obra de mobilidade urbana paralisada.

De acordo com o Tribunal de Contas, trata-se de “registro de preços para aquisição de concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ)”, ou seja, asfalto. A empresa contratada é a Weiller Construção Civil LTDA, e o documento do TCE aponta que o valor inicial do contrato, começado em dezembro de 2017 com previsão de término para dezembro de 2018, é de R$ 2.397.000,00.

Dos mais de R$ 2 milhões previstos em contrato, o município já desembolsou R$ 827 mil. O motivo da paralisação consta no levantamento do TCE como “Questões técnicas que vieram a ser conhecidas somente após a licitação; descumprimento de especificações técnicas e prazos”.

A reportagem do PortalAgora.com entrou em contato com a Secretaria de Obras para obter um posicionamento a respeito do levantamento. Em nota, a pasta afirma que o contrato citado foi realizado para compra de Concreto Betuminoso Usinado Quente (CBUQ), material utilizado para operação tapa-buraco e manutenção da pavimentação urbana. 

“Não temos obra parada. Esse contrato é para garantir o material que utilizamos para cuidar do asfalto. Quando necessitamos solicitamos o concreto e vamos abatendo do valor empenhado”, informa o secretário, Leandro Garcia.