Justiça diz que Prefeitura tem até sete dias para entregar documentos

O juiz Francisco Carlos Jorge, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), deu à Prefeitura de Mandaguari um prazo de sete dias úteis para entrega de documentos relacionados à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga supostas irregularidades na Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento. 

O município recorreu ao TJ após o presidente da CPI, o vereador Eron Barbiero, solicitar que os documentos fossem entregues em até 48 horas. A defesa do Executivo alega que o prazo era arbitrário e vai contra a lei. Após conseguir a extensão do prazo, o município comemorou como se a decisão do TJ-PR fosse uma vitória.

O outro lado

Ouvido pela reportagem, o vereador Eron Barbiero recusa que tenha cometido qualquer exagero. Segundo ele, a decisão de pedir os documentos do município em prazo menor veio por sugestão de um vereador do próprio governo municipal, que também faz parte da Comissão.

Ainda conforme Barbiero, “na sexta-feira, o vereador da base que faz parte da CPI disse que o município estava com todos os documentos que supostamente provam a inocência dos investigados em mãos, então o prazo poderia ser reduzido. Nós seguimos essa sugestão e não entendo”, declarou.

Entenda o caso

A CPI investiga denúncia apontando que maquinário e servidores da agricultura foram usados para benfeitorias em uma propriedade arrendada por familiares do diretor da pasta, Fernando Ricardo Cedran. Em vídeo postado no dia seguinte à abertura do CPI, o chefe da Agricultura, Yohann Paulo, que também é filho da prefeita, disse que não havia nenhuma irregularidade na ação, e existiam documentos comprovando isso. Porém, até o momento, os supostos documentos não vieram a público.