Introdução Alimentar: quando iniciar?
A introdução alimentar é um período importante da vida de uma criança. É através dos alimentos que ela conhece o mundo ao redor. A exploração de varias formas, texturas, cheiros e sabores é fundamental para o seu crescimento e desenvolvimento.
Estudos mostram ampla evidência de que fatores nutricionais e metabólicos, em fases iniciais do desenvolvimento humano, têm efeito em longo prazo na programação da saúde na vida adulta. Portanto, uma introdução alimentar realizada corretamente tem efeitos benéficos na saúde atual da criança e durante toda a sua vida.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde (MS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomendam o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade. A partir desse período, está indicada a introdução alimentar e a continuidade do aleitamento materno até os 2 anos ou mais.
Não há evidências de que exista alguma vantagem na introdução precoce (antes dos seis meses de idade) de outros alimentos que não o leite humano na dieta da criança. Por outro lado, os relatos de que essa prática possa ser prejudicial são abundantes.
A alimentação complementar não deve ser feita antes dos seis meses devido a imaturidade fisiológica da criança. Os sistemas digestório e renal do bebê não estão preparados, o que limita a sua habilidade em manejar alguns componentes de alimentos diferentes do leite. As enzimas digestivas são produzidas em quantidades insuficientes e os rins não possuem capacidade completa de filtração. Além disso, com a introdução alimentar sendo realizada antes da idade ideal, o bebê corre o risco de apresentar reações de hipersensibilidade a proteínas estranhas à espécie humana, desenvolvendo algum tipo de alergia alimentar.
É, também, somente aos seis meses de idade que a maioria das crianças atinge maturidade neurológica, a qual conseguimos avaliar através do surgimento dos sinais de prontidão. São eles: sustentar a cabeça e o tronco, sentar com o mínimo de apoio, segurar objetos com as mãos, explorar estímulos ambientais, demonstrar interesse pelos alimentos, diminuição do reflexo de protrusão da língua e aparecimento dos movimentos voluntários da língua.
A presença desses sinais de prontidão aliados a idade de seis meses é o momento correto da introdução alimentar.
Este momento é de grande aprendizado para o bebê, mas também, como toda novidade, é um momento de crise. O respeito ao tempo de adaptação aos novos alimentos, às preferências e às novas quantidades de comida é fundamental para o sucesso da alimentação.
Lembre-se que a maneira como será conduzida a mudança do regime de aleitamento materno exclusivo para essa multiplicidade de opções poderá determinar a curto, médio ou longo prazo, os hábitos e comportamentos alimentares. Portanto, uma avaliação adequada com o pediatra e orientações corretas são a receita do sucesso da introdução alimentar!
Sobre a autora:
Dra Carolina Stocco – Pediatra
CRM – PR 34716 / RQE 24163
– Médica pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
– Pediatra pela Universidade Estadual de Maringá (UEM)
– Professora do curso de Medicina da Unicesumar
– Preceptora da residência de pediatria do HU – Maringá
– Curso de especialização em Nutrologia Pediátrica pela Sociedade Brasileira de Pediatria
– Idealizadora e palestrante do Curso Alimentando meu bebê – Introdução Alimentar dos 6 aos 24 meses (lançamento em 2021)
– Acompanhamento pediátrico integral
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A Dra Carolina Stocco em Mandaguari atende na Clínica Maranata, para agendar consulta ligue agora no (44) 3233-9366 ou no (44) 99123-4755 (WhatsApp), que está localizada na Rua Manoel Antunes Pereira, 235 (em frente ao conselho tutelar) no centro.
