Descarte irregular de seringas provoca mais um acidente no município

Na tarde de desta quinta-feira, 24 de janeiro, foi registrado mais um acidente com agulha descartável em Mandaguari. Desta foi com uma associada da Acaman-Associação dos Catadores de Recicláveis de Mandaguari. Este é o terceiro acidente deste tipo em menos de três semanas. Anteriormente foram registrados dois acidentes do mesmo tipo, mas com trabalhadores que trabalham na coleta de lixo doméstico em Mandaguari. E mais uma vez fica o alerta para o descarte ilegal deste tipo de material, tanto no lixo úmido quanto no reciclável.

O descarte inadequado de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) no lixo comum pode trazer consequências graves para a saúde de quem trabalha diretamente com a coleta do lixo urbano, como os lixeiros e catadores. O risco é maior quando se considera que, além dos hospitais, outros estabelecimentos podem ser fontes geradoras deste tipo de resíduo, tais como os estúdios de tatuagem, distribuidores de produtos farmacêuticos, clínicas de acupuntura. Até mesmo um ambiente doméstico pode gerar lixo que não deve ser considerado comum, como as agulhas e seringas.

Muitos portadores de diabetes fazem o uso de medicamentos injetáveis e monitoramento da glicemia em casa, gerando resíduos perfurocortantes, biológicos e químicos, que não devem ser descartados nos sacos de lixo comum. Uma alternativa seria armazenar em embalagens rígidas, como por exemplo, garrafas pets e levar ao Posto de Saúde do seu bairro, para a devida destinação. A legislação para o manejo de agulhas e seringas em domicilio, é a mesma da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), dos estabelecimentos de atendimento à saúde humana e animal.

É necessário que os estabelecimentos também fiquem atentos na hora da coleta interna e externa de seus resíduos de serviços de saúde. Algumas empresas acabam deixando que seus detritos sejam coletados pelos caminhões tradicionais da companhia de lixo urbano junto ao lixo comum. O ideal é que os estabelecimentos contratem um serviço especial de coleta destinado a estes tipos de resíduo, evitando que eles sejam descartados como lixo comum e acabem prejudicando a saúde de trabalhadores, que estão sujeitos à contaminação por doenças como a hepatite e AIDS.