Coleção reduzida

Dirley Bortolanza é um singelo personagem de Mandaguari. Conhecido como encantador de cobras, ele já foi tema de reportagens e apareceu até em rede nacional, no programa Hora do Faro da TV Record, para contar sua história.
Até recentemente, Bortolanza contava com uma “coleção” de quase 200 cobras em sua casa. O número será reduzido drasticamente nos próximos dias, quando ele doará 70 filhotes de cascavel ao Instituto Butantan, de São Paulo (SP).
Por serem de uma espécie particularmente perigosa, os filhotes não podem ser criados dentro de casa. Bortolanza contou que já doou cobras ao instituto em outras oportunidades. “Também para o Ibama e para o Centro de Triagem de Piraquara, que fica na Região Metropolitana de Curitiba”.
Dirley trouxe os répteis até a redação do Jornal Agora, e contou que os filhotes têm pouco mais de 40 dias de idade. “São de três cobras diferentes. De uma nasceu 33, da outra pouco mais de 20, e o restante veio da terceira”, detalha.
As “recém-nascidas” ainda não se alimentaram. “Elas conseguem viver até seis meses sem comer, e se alimentam de filhotes de rato e de morcego também”, conta.
Bortolanza relata também que, apesar de parecerem inofensivas, as cobras menores são muito perigosas. “Desde o nascimento elas já começam a picar, e tem um detalhe que as cobras grandes quando colocadas em um ambiente ficam em espaço aberto. Já a pequena gosta de se esconder, e se entra em uma casa fica debaixo da cama, de uma pia ou armário, por exemplo”.
Quando perguntado se vai sentir falta dos filhotes, já que a coleção vai ficar mais “enxuta”, Dirley disse que não vai ficar tão triste. “Ainda tenho 105 cobras adultas em casa, que peguei no período do calor agora esse ano. A coleção pode encolher ou aumentar, mas nunca acaba”, conclui.