“Cidade cinza”

No último dia 5 de junho comemorou-se o dia do Meio Ambiente, e sobre este assunto cabe-nos refletir: como está o meio ambiente da nossa cidade?

Quando se pensa em meio ambiente, o que vem à mente é o meio natural, composto de plantas (flora) e a fauna (animais). Contudo, Meio Ambiente é o espaço onde interações acontecem, sendo elas sociais ou naturais. No âmbito social, destacamos as interações humanas que temos no nosso dia a dia, relações de trabalho e convívio social, produzindo ações ou produtos que garantem a nossa subsistência.

Já no âmbito natural temos as transformações que a própria natureza sofre ao longo do tempo. Há ainda a interação homem-natureza que produz impactos ambientais de várias formas e escalas diferentes. O meio ambiente se torna então, palco da luta das espécies pela sobrevivência, incluindo a espécie humana. 

O homem transforma o espaço onde vive de acordo com suas necessidades. Há a necessidade de moradia, iluminação pública, ruas pavimentadas, etc. Em desfavor do meio ambiente natural, a urbanização ocorre desenfreadamente, com podas drásticas e corte de árvores de grande porte. O resultado disso é uma paisagem cada vez mais cinza vista de cima.

As árvores que temos hoje foram plantadas no passado, mas as de amanhã dependerão das ações ambientais empregadas ainda nesta geração. 

Através de uma sequência de imagens captadas por satélite, seguindo uma linha do tempo, temos que, em um curto espaço de tempo, é perceptível uma negativa diferença na quantidade de árvores das ruas de Mandaguari. 

Há um dito popular que diz que, antes de morrer, todo homem deve ter um filho, escrever um livro e plantar uma árvore. É satisfatório cuidar e ver crescer, empenhar tempo e dedicação. Árvores fazem sombra, não absorvem calor como as edificações, produz nosso oxigênio através da fotossíntese, dão frutos que alimentam pessoas e animais, florescem e, assim como nós obedecem a bela dinâmica da vida: germina, cresce, floresce, frutifica, atinge seu auge, envelhece e morre. 
 

Figura 1 Google Earth 2003

 

Figura 2 Google Earth 2010
Figura 3 Google Earth 2013

 

Figura 4 Google Earth 2017
Figura 5 Google Earth 2018 – Destaque para os Ipês rosas do jardim Esplanada

 

Figura 6 Google Earth 2020

 

 

Allan Gimenes é

professor de Geografia