Batistão: De primogênito a prefeito de Mandaguari
“Sou um cara escolhido para uma missão”, define-se o candidato à prefeito
Romualdo Batista, mais conhecido como Batistão, é um homem de muitas facetas e histórias. Nascido em uma família numerosa, ele cresceu com uma forte responsabilidade sobre os ombros, especialmente após perder a mãe aos 13 anos de idade. Desde então, ajudou o pai a criar os irmãos, serviu ao Exército, trabalhou como bancário e, finalmente, encontrou seu caminho como empresário e político. Agora, Batistão busca novamente ser prefeito de Mandaguari, uma missão que considera divina.
Infância e juventude
A trajetória de Batistão começou em um lar modesto e cheio de desafios. Como primogênito, ele assumiu um papel de liderança na família após a morte precoce da mãe. Ajudar a cuidar dos irmãos e apoiar o pai, Pedro Batista, foi uma responsabilidade que moldou seu caráter. Aos 23 anos, já havia servido ao Exército e passado em um concurso para trabalhar como caixa no extinto Banestado.
Amor à primeira vista
Foi no final de 1985 que a vida de Batistão deu uma guinada significativa. Em uma sexta-feira, enquanto dirigia pela cidade de Mandaguari, seus olhos cruzaram com os de Vâine Michelan, então uma jovem de 21 anos que morava em Maringá e trabalhava como vendedora. O encontro, que parecia casual, foi o início de um relacionamento profundo. “Foi amor à primeira vista”, relembra Vâine.
O casal se encontrou novamente no dia seguinte em Marialva, onde Batistão assistiu a um concurso de miss, a convite de Vâine. A partir dali, o namoro nunca teve interrupções, culminando em casamento no início de 1988. Juntos, criaram dois filhos, Marianna e Matheus.
Fé e política
Batistão é um homem de fé e tem uma vida religiosa intensa desde jovem. “Tenho uma convivência religiosa muito forte e raramente não vou à missa. A igreja me ajuda a manter o equilíbrio”, comenta. Suas inspirações para entrar na política vieram de líderes religiosos, como o Padre Ivaldir Camaroti dos Reis e a Irmã Maria Antônia. “Eu tinha vontade e eles me deram o empurrão para assumir a política”, recorda.
Essa espiritualidade também se reflete em sua forma de governar. Vâine descreve o marido como “irritantemente controlado”, enquanto ela se considera mais explosiva. Batistão, por sua vez, acredita que seu comportamento calmo ajuda a lidar com os desafios políticos, permitindo desarmar situações potencialmente tensas.
Uma missão especial
Batistão se vê como um “cara comum”, mas com uma missão especial. Aos seus adversários, que o descrevem como um político de sorte, ele tem uma explicação diferente. “Sou um cara escolhido, porém um cara comum”, afirma, enquanto sua esposa complementa: “escolhido por Deus”.
Para ele, a vida é uma série de desafios e que ele está sempre disposto a enfrentar. “Quando alguém é capaz de algo, é sinal que eu também posso. Fui treinado para o combate e para desafios, e não fujo de nenhum deles”, conclui.
Batistão irá tentar se reeleger novamente como prefeito de Mandaguari pelo Partido Verde (PV), com o vice Alcir Batista, que foi comerciante por muitos anos.