“Até quando eu tiver forças, estarei por aqui, ajudando”

A Romagnole completa 57 anos na segunda-feira (18). A data é importante e o momento é realmente de muitas comemorações.

Passando praticamente ilesa pela crise que assolou o país nos últimos anos, a Romagnole está otimista: a empresa estima um crescimento de 24% para 2019.

Entretanto, não são só planos que marcam essa data, mas também retrospectivas. Cofundador do Grupo Romagnole, Álvaro Romagnolli, concedeu uma entrevista ao Jornal Agora. O assunto não poderia ser outro: a celebração de mais um ano da Romagnole e o longo caminho trilhado até que a empresa chegasse ao patamar que se encontra atualmente.

Jornal Agora: 57 anos e como o senhor avalia o momento histórico pelo qual a Romagnole está passando?

Álvaro Romagnolli: A história da Romagnole, o momento pelo qual estamos passando hoje, não é diferente do Brasil. A gente depende que esse governo vá bem, para que a gente possa realmente contar bem. Mas estamos seguros, estamos firmes, a empresa está bem estruturada e está em boas mãos e realmente estamos esperando uma reaquecida desse mercado que está aí pela frente.

 

Como foi superar esses anos de crise, alguns deles inclusive com o PIB negativo no país?

A empresa já vinha estruturada e preparada, então praticamente o que a gestão nova fez foi dar uma segurada nos investimentos, consolidando toda a parte de produto e tecnologia para se manter no mercado. Não foi fácil, mas realmente estávamos preparados para esse novo momento.

 

A Romagnole está acreditando em outras fontes de receita e uma delas é a energia solar. Como foi a entrada nesse mercado e o que esperar dele?

A energia solar é praticamente uma realidade que está aí, pronta para ser implantada e o país ainda engatinha nessa parte. Acredito que há muito o que se fazer e é uma parte nova e muito importante. O custo dessa energia é praticamente nulo, pois custa apenas o investimento, e em quatro, cinco anos retorna-se o capital. Então está sendo um bom momento de se investir nessa energia limpa.
Quanto a você, tem alguma data para se aposentar? Ou irá trabalhar até quando tiver forças?
Até quando eu tiver forças, estarei por aqui, ajudando. Acho que outras mudanças podem ser feitas com outras passagens, quem sabe uma renovação do Conselho de Administração… Isso faz parte da nossa rotina e acredito que, no momento certo, saberemos deixar a posição e tocar o barco.

 

57 anos atrás, o senhor imaginava estar onde está hoje? Era seu sonho ocupar o patamar que ocupa atualmente?

Acredito que as coisas foram acontecendo naturalmente. O sonho sempre existe, não podemos dizer que não, mas realmente estamos vivendo dia após dia e seguindo em frente.

 

Gostaríamos de finalizar essa entrevista com uma mensagem do senhor à população de Mandaguari nestes 57 anos da empresa, que se confunde com a história da cidade.

Eu gostaria de agradecer à Mandaguari por todo apoio que nos tem dado desde a nossa fundação, em 1962. Acredito que nunca nos foi negada ajuda pelos políticos, pela população e pelos nossos operários, que muito nos ajudaram. Nossos agradecimentos e estamos aí para continuarmos a luta, fazendo o que for preciso.

 

* Matéria publicada na 290ª edição do Jornal Agora

 

Confira o material audiovisual da entrevista com Álvaro Romagnolli: