Acidentes domésticos em crianças e maneiras de evitá-los
Informe publicitário – Os acidentes são também conhecidos por injúrias ou traumas não intencionais. São lesões que não são causadas por ação direta do outro e são mais comuns do que se pensa!
Representam hoje a principal causa de morte entre crianças de 1 a 14 anos no Brasil, sendo as maiores causas atropelamentos e afogamentos. Por ano são registradas cerca de 110.000 internações e 3.500 mortes. Dentre todas essas injúrias, encontram-se os ACIDENTES DOMÉSTICOS como parte importante de internamentos e mortes.
Neste período de pandemia, houve um aumento ainda mais acentuado dos acidentes domésticos. Isso deve-se, principalmente, ao maior tempo das crianças em casa e as múltiplas tarefas dos cuidadores que estão se dividindo entre home office, trabalhos domésticos e cuidados com as crianças.
Entre os acidentes mais comuns encontram-se as queimaduras, afogamentos, intoxicações e asfixias.
Seguem algumas dicas preciosas para evitá-los.
QUEIMADURA
As queimaduras em crianças podem ocorrer por diversos fatores, entre eles: alimentos e bebidas quentes, ferro de passar roupa, água quente durante o banho, brinquedos metálicos expostos ao sol, tomadas, fios desencapados e exposição prolongada ao sol.
Como evitar?
– A cozinha é o lugar de maior risco para queimaduras e outros acidentes domésticos. Portanto: vigilância redobrada neste local. Sempre que possível impedir o acesso das crianças a ela.
- Use as bocas de trás do fogão e certifique-se que os cabos das panelas estão para dentro para que a criança não alcance e puxe;
– Nunca cozinhe ou manipule líquidos quentes com a criança no colo;
– Mantenha fósforos, isqueiros e álcool fora do alcance das crianças;
– Cuidado com toalhas compridas na mesa pois as crianças podem puxá-las e derrubar
alimentos/bebidas quentes;
– Antes do banho, verifique a temperatura da água para que não esteja muito quente.
– Proteja tomadas com tampas ou fita isolante. Nunca deixe fios elétricos e extensões ao alcance da criança.
– Atente-se aos horários adequados para exposição ao sol: antes das 10h ou depois das 16h. E sempre com proteção!
AFOGAMENTO
Para que haja uma diminuição no risco de afogamentos, temos algumas dicas:
– Nunca deixe a criança tomando banho sem supervisão de um adulto;
– Em casos de bebês, cuidado quando for virá-lo para lavar suas costas – preste atenção para que o rosto do bebê não fique submerso na água;
– Piscinas devem ser protegidas com cercas e/ou redes de proteção;
– No uso da piscina, a supervisão do adulto é essencial. Importante que tenha pelo menos um adulto capacitado para atendimento de primeiros-socorros;
- Crianças menores de 4 anos devem estar sempre com equipamentos de segurança de tamanho apropriado quando utilizarem as piscinas;
– Esvazie piscinas infantis, baldes e bacias após o uso, guarde-os virados para baixo e longe do alcance das crianças.
INTOXICAÇÃO
A intoxicação ocorre por ingestão, inalação ou contato de determinadas substâncias com a pele. Como por exemplo: medicamentos, produtos de higiene e de limpeza, inseticida, plantas tóxicas e animais peçonhentos. As crianças de 1 a 4 anos de idade são as mais afetadas por esse tipo de acidente doméstico.
Como evitar?
– Procure manter medicamentos, vitaminas, produtos de higiene/beleza/limpeza longe do alcance das crianças. Devem ser guardados em lugares altos e trancados;
– Mantenha os produtos de limpeza em seus recipientes originais para não confundir as crianças. Elas podem pensar que é suco ou refrigerante e acabar ingerindo;
– Não dê o frasco vazio para a criança brincar. Provavelmente ela levará a boca e ainda conterá uma pequena quantidade de produto;
– Informe-se quais plantas são venenosas para as crianças. Se houver alguma delas em sua casa, remova-a ou deixe-a em local inacessível;
– Cuidado com animais peçonhentos. Sempre preste atenção antes de calçar sapatos ou usar bolsas.
ASFIXIA
É a primeira causa de morte por acidente em crianças de até 1 ano pois nessa idade a criança leva tudo à boca e nariz.
Como evitar?
– Nunca use correntes ou cordões no pescoço do bebê (vale também para colar de Âmbar);
– Se for utilizar mamadeiras, nunca deixe o bebê mamando sozinho;
– Use cobertores ou mantas proporcionais ao tamanho do bebê para não dificultar a respiração;
– Tenha certeza que a casa esteja livre de objetos pequenos (brincos, botões, moedas).
– Sempre verifique a certificação dos brinquedos. Assim, ao escolher brinquedos, considere a idade e a habilidade da criança e busque sempre o selo do Inmetro;
– Periodicamente faça uma inspeção nos brinquedos, descartando os que estejam quebrados ou muito pequenos;
– Proteja sempre os bebês das ações de crianças maiores, pois estas podem querer dividir seu alimento com eles, por exemplo;
– As crianças devem comer sentadas à mesa, e não enquanto correm ou brincam.
Proteja quem você ama!
Sobre a autora:
Dra Carolina Stocco – Pediatra
CRM – PR 34716 / RQE 24163
– Médica pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
– Pediatra pela Universidade Estadual de Maringá (UEM)
– Professora do curso de Medicina da Unicesumar
– Preceptora da residência de pediatria do HU – Maringá
– Curso de especialização em Nutrologia Pediátrica pela Sociedade Brasileira de Pediatria
– Idealizadora e palestrante do Curso Alimentando meu bebê – Introdução Alimentar dos 6 aos 24 meses (lançamento em 2021)
– Acompanhamento pediátrico integral
Para agendar consulta:
A Dra Carolina Stocco em Mandaguari atende na Clínica Maranata, para agendar consulta ligue agora no (44) 3233-9366 ou no (44) 99123-4755 (WhatsApp), que está localizada na Rua Manoel Antunes Pereira, 235 (em frente ao conselho tutelar) no centro.
