A máquina do Carlinhos
O Jornal Agora inicia nesta edição uma nova série de reportagens, onde contaremos a história de alguns comércios tradicionais em Mandaguari. São estabelecimentos que estão de portas abertas algumas décadas, em alguns casos passados de uma geração para outras.
Alguns resistindo ao tempo e modernidades do século 21, conservando costumes que mantém uma clientela fixa e fiel. Alguns desses lugares ainda têm aquele gostinho da velha venda das localidades rurais, que ficavam à beira das estradas rurais.
Lugares que tudo parece ter um gostinho a mais, algo que não se encontra em uma grande rede de lojas, além do bom papo com os amigos.
Para a primeira reportagem a equipe do Jornal Agora esteve em um dos comércios que mais desafiam os avanços tecnológicos e prova que pessoas de todas as idades se encontram para tomar uma pinga com algum tipo de raiz ou uma cerveja gelada, encontrar uma ferramenta ou bater papo. A Mercearia Avenida, ou como é mais conhecido a Máquina do Carlinhos.
O proprietário, José Carlos Maio, Carlinhos, conta que adquiriu o comercio a 16 anos, de origem rural, ele é ex-morador da Estrada Alegre Km 7. Carlinhos relata que resolver se mudar para a cidade por causa dos filhos que estava crescendo e mesmo sem experiência no comércio resolveu comprar o estabelecimento que já era uma maquina de arroz. mas que estava fechado.
Maio conta que resolveu investir numa maquina de arroz por ser um diferenciado, “Não existia mais, como antigamente, e resolvi tocar porque só existiam os supermercados, como eu vim do sitio, queria seguir algo que lembrasse a roça”, relata Carlinhos.
A máquina que é o atrativo que batizou o estabelecimento não faz mais o beneficiamento de arroz, apenas de milho, mais por outro lado, o que chama a atenção é a variedade de produtos vendidos. A pessoa que for até o local vai encontrar desde as tradicionais miudezas de mercearia, ferramentas e alguns implementos agrícolas, rações e além das bebidas.
Com o passar dos anos o local se tornou um ponto de referência, tanto para uma reunião com os amigos no fim de tarde ou nos finais de semana, para tomar uma cerveja, como também para o pessoal que reside na zona rural que sempre da uma paradinha para bater um papo, além dos tradicionais frequentadores que “batem ponto”, diariamente.
Carlinho atribui toda essa procura pela simplicidade do comércio que é um estabelecimento familiar.
*Reportagem publicada na 338ª edição do Jornal Agora