Romagnole deve dobrar de tamanho em quatro anos, afirma presidente
Alexandre Romagnole assumiu a presidência do grupo Romagnole há nove anos. Na época, conta ele, a maior preocupação era manter o legado e a tradição dos fundadores da empresa.
Porém, de lá pra cá muita coisa aconteceu, como uma crise mundial. Na avaliação do presidente, a equipe não só conseguiu manter os valores e visão dos fundadores, como também identificar oportunidades a serem exploradas no mercado.
“Muitos concorrentes recuaram e nós vimos aí uma oportunidade de crescer. E é durante a crise que você identifica os desafios, mas tem que ter muita coragem para isso e tem que estar estruturado, principalmente com um time que acredita ser possível fazer isso”, ressalta.
Quem hoje o vê como presidente de um grupo em plena expansão, não imagina que essa história quase não aconteceu. Ao Jornal Agora, Alexandre revelou que ele o primo, Márcio [hoje diretor de Operações] começaram na empresa com 12 anos, e alguns anos mais tarde tentaram fundar um negócio próprio.
“Estudávamos de manhã, e à tarde íamos para a empresa. Continuamos sempre assim. Houve uma época que eu estava fazendo faculdade em Curitiba e ele em São Paulo e estávamos pensando em abrir uma empresa juntos. Quando os fundadores descobriram, falaram que estávamos loucos sendo que já havia uma empresa aqui. Nós queríamos espaço para se desenvolver e crescer e aí nos foi dado espaço para crescer e fazer o que queríamos fazer. Foi bem interessante essa fase”, detalha.
“Basicamente fazíamos de tudo na empresa. Não existiam muitas tecnologias então o trabalho era mais extenso, era um trabalho simples. Essa experiência dentro da empresa criou em nós essa paixão pela companhia e principalmente o respeito pelas pessoas e pelo negócio. Tudo isso separando. Família é uma coisa, o patrimônio é outra e a gestão da empresa é outra coisa. São situações diferentes, por isso você tem que respeitar e se dedicar a cada uma delas de uma forma diferenciada”, complementa.
Tudo isso, avalia Alexandre, resultou no cenário atual da companhia, que busca agora novos desafios. A meta para os próximos quatro anos é dobrar o tamanho do grupo Romagnole. Os movimentos nesse sentido já estão em andamento, entre eles a construção de uma nova planta industrial, em Mandaguari.
“Essa transição é feita com base nos nossos dados atuais, porque nós não temos bola de cristal. Não dá para ver o futuro, mas você tem que ir construindo e acreditando neste futuro com as informações que temos hoje e isso é extremamente importante para desenharmos cenários. Existe uma tendência super natural de que vá por esse caminho, fizemos esse planejamento estratégico e nele desenhamos um cenário possível ou muito provável de que aconteça. Até 2026 temos a esperança de que a empresa dobre novamente, então essa é a previsão”, finaliza.
*Reportagem publicada na 378ª edição do Jornal Agora