100% de confiança: Na reta final, campanhas mostram otimismo com resultado das urnas

Com uma campanha de segundo turno exaustiva, as eleições gerais de 2022 terão seu desfecho neste domingo (30), quando o Brasil escolhe o presidente para os próximos quatro anos, e 12 estados definem seus governadores.

Ao longo desta última semana, a reportagem do Jornal Agora ouviu o deputado federal Ricardo Barros, um dos coordenadores da campanha de Jair Bolsonaro no Paraná, e o deputado estadual Arilson Chiorato, um dos coordenadores da campanha de Lula. Ambos mostraram otimismo com o resultado que deve vir das urnas.

Barros

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O deputado federal avalia que a disputa está em pé de igualdade, e o atual presidente tem margem para conquistar a vitória no segundo turno. “É uma campanha equilibrada, mas o presidente Jair Bolsonaro possui muita estrutura política para virar o jogo. Muitos prefeitos e governadores mostraram um empenho enorme nesse trabalho de poder avançar e conseguir mais votos”, avalia.

No primeiro turno, Paraná – 55,26% a 35,99% – e Santa Catarina – 62,21% a 29,51% – foram os estados onde Bolsonaro venceu Lula com a maior diferença de votos. Barros acredita que essa vantagem será ampliada no domingo. “No Paraná nossa projeção é de avançar para 65% agora. Com essas diferenças ampliadas, nós vamos conseguir avançar, virar e vencer as eleições”, pontua. 

Questionado sobre o episódio envolvendo o ex-deputado federal Roberto Jefferson, que atirou contra policiais federais no último domingo (23), Ricardo Barros diz que não houve impacto na campanha do presidente. “Lamentavelmente parece que Roberto Jefferson já não está bem das faculdades mentais. O que aconteceu é uma decisão isolada dele. Ele não participou da campanha do presidente e não tem envolvimento algum”.

“O presidente comprou uma briga com a grande mídia e sofre com as pressões de todos os fatos. A Justiça Eleitoral erra seguidamente, as pesquisas erram seguidamente e a culpa é do Bolsonaro. Engraçado isso. É o processo que ele decidiu enfrentar de transformação da sociedade brasileira, de enquadrar uma grande mídia que vivia pendurada no governo, do Judiciário que está totalmente fora do seu lugar. Bolsonaro paga o preço da briga, mas acreditamos na vitória e em colocar o Brasil no eixo do desenvolvimento”, conclui. 

Chiorato

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O deputado Arilson Chiorato avalia que Lula teve um bom desempenho no Paraná e projeta números melhores para este próximo domingo. “Nos aproximamos dos 36% dos votos, e foi a maior votação do Lula em sua história no primeiro turno no estado. Nosso adversário diminuiu em relação aos votos que recebeu em 2018. Há um sinal positivo, e a campanha ganhou um monte de adeptos. Acredito que vamos saltar para 45% no Paraná”, afirma.

Chiorato avalia que o ex-presidente conseguiu aumentar o número de adeptos à sua campanha no segundo turno. “As pesquisas nacionais mostram que Lula mantém os votos que recebeu no primeiro turno e em alguns cenários amplia essa vantagem. Nós estamos contando com a adesão de muitas pessoas que durante a vida toda não tiveram envolvimento algum com a política, e que enxergam a importância de participar e fazer um Brasil melhor, de trazer a esperança”.

“Isso acontece porque as pessoas percebem que hoje Lula não é mais um candidato do partido, e sim do movimento de recuperação econômica social do Brasil. Um movimento que quer tirar a fome e a miséria instalada nas ruas e nos bairros do Brasil, unir a população e sem dúvida construir um país diferente”, pontua o parlamentar.

“Nós temos uma candidatura com pessoas que pensavam diferente e se uniram em prol do bem coletivo, como o nosso vice Geraldo Alckmin. Nós fomos adversários políticos anos atrás, e ele está conosco hoje para mostrar ao mercado, ao setor empresarial, que vai ter diálogo. Nós iremos, sim, todos juntos, mudar esse país para melhor e transformar mais uma vez a vida dos brasileiros”, conclui Chiorato.

*Reportagem publicada na 388ª edição do Jornal Agora