Classe média sai da quarentena para os braços da covid-19 e lota hospitais privados no Brasil

Em outubro a situação da crise sanitária no Brasil parecia estar melhorando, com o número de mortes e casos de corona vírus diminuindo semana a semana. 

Foi a partir daí o relaxamento da população com o corona vírus. 

Cada vez mais brasileiros das classes A e B que ficaram em quarentena no início da pandemia, contando com o privilégio do home office, chegam ao limite psicológico da tranca dentro de casa.

Com medidas menos restritivas e a abertura dos comércios, shoppings, bares, restaurantes e acadêmias a população começou a sair mais de casa e sem necessidade, a partir daí o número de casos começou a subir consideravelmente.

De certa forma, a história se repete: o novo coronavírus chegou ao Brasil trazido por turistas de classe média que voltavam de férias na Europa, e agora encontra nesta mesma população terreno fértil novamente.

“É possível afirmar que o início desta nova elevação do número de casos iniciou de novo pela classe A e B, assim como ocorreu em março. Mas logo foi seguida por um crescimento generalizado em todas as camadas da população”, afirma Sidney Klajner, presidente do Hospital Albert Einstein em São Paulo.

Uma das consequências desta reabertura foi o aumento no número de casos da doença, que teve um reflexo direto na ocupação de leitos do sistema privado e público de saúde.

Com as festas de fim de ano se aproximando, existe o temor por parte das autoridades que os números da doença no país explodam, tendo em vista o aumento de confraternizações e reuniões de amigos e familiares para celebrar o Natal e o Ano Novo.