Cesta de Natal está 10,79% mais cara em 2022

Pesquisa da FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) sobre o preço dos produtos da Cesta de Natal registrou aumento de 10,79% em comparação com 2021. O cálculo considera a variação do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) dos produtos analisados numa comparação entre a 2º quadrissemana de dezembro de 2021 e a 2º quadrissemana de dezembro de 2022. De acordo com o levantamento, o preço médio da cesta está em R$ 383,80, contra do R$ 346,41% do mesmo período de 2021.

Dos itens da cesta, o que mais encareceu foi o palmito inteiro (18,62%), seguido do espaguete (17,56%) e do peru (16,48%). Entres as bebidas, o preço da champagne subiu 14,33%. E o panetone de frutas cristalizadas, muito procurado nesta época do ano, está 11,73% mais caro. Dos itens que não entram no cálculo da cesta, mas que têm grande saída no natal, o bacalhau registrou alta de 9,04%, enquanto a farofa e a uva responderam pelas maiores variações no período: 37,03% e 32.07%, respectivamente.

“A boa notícia é que, apesar do aumento, o preço da cesta de natal ficou abaixo da inflação dos alimentos, que no ano acumula 13,53%”, explica Guilherme Moreira, coordenador do IPC. O economista lembra que a deflação do preço do lombo de porco (3,17%) influiu no reajuste da cesta. “Aliás, os cortes bovinas e suínos são boas opções para substituir as aves e o bacalhau nas ceias de final de ano. O filé mignon deflacionou 7,39%, o pernil com osso está 6,73% mais barato e a picanha registrou queda de 2,74%.”, sugere Moreira.

Sobre a Fipe:

Criada em 1973, a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) é uma organização de direito privado, sem fins lucrativos, formada por equipes de profissionais especializados e com larga experiência nas áreas de ensino, pesquisas e extensão. Entre seus objetivos está o apoio a instituições de ensino e pesquisa, públicas ou privadas, em especial o Departamento de Economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP). Por meio do desenvolvimento de indicadores econômicos e financeiros, e do estudo dos problemas econômicos e sociais do país, busca expandir conhecimento de alto valor agregado, ajudar na formulação de políticas públicas que aumentem o bem-estar da sociedade como um todo e realizar projetos e pesquisas demandadas pelos setores público e privado.