Médico vascular orienta sobre como diminuir risco de trombose durante viagens

Férias tranquilas. É o desejo de todo mundo quando tira uns dias para sair da rotina e relaxar. Para isso, é importante inserir na programação alguns cuidados com a saúde vascular e, assim, diminuir os riscos da temida trombose, que é a formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias profundas, geralmente, das pernas. Esse coágulo bloqueia o fluxo de sangue, causando inchaço e dor na região. A trombose costuma ocorrer após cirurgias, cortes e falta de movimento por períodos prolongados, o que inclui as viagens.

“Algumas atitudes simples ajudam a prevenir a trombose durante as viagens longas, independente do meio de transporte utilizado. Se estiver viajando de avião ou ônibus, faça pequenas caminhadas pelo corredor de tempos em tempos. Outra opção é mesmo sentado, movimentar os pés para cima e para baixo algumas vezes. Isso já vai ajudar a circulação”, pontua o médico vascular, Rogério Nabeshima, de Apucarana.

“Também é importante usar calçados e roupas confortáveis, pois peças apertadas podem comprometer a circulação e ajudam a concentrar o sangue em determinadas partes do corpo, facilitando, assim, a formação de coágulos. Além disso, evite cruzar as pernas, pois esse gesto pode dificultar a circulação sanguínea”, alerta.

Para os pacientes de risco, o médico orienta, antes de sair de férias, consultar um médico. “Em alguns casos, é indicado o uso de anticoagulante e de meias de compressão, o que deve ser feito somente por médicos. E, claro, se hidratar sempre, mesmo durante o deslocamento”, afirma.

Nabeshima chama atenção ainda para a falta de sintomas em casos de trombose. Segundo estudos, até 60% dos pacientes não apresentam sintomas em casos de trombose venosa profunda. É comum também as manifestações, quando ocorrem, aparecem até 3 dias após a viagem. Em 90% das vezes, o problema atinge apenas uma das pernas. O mais comum é a região da “batata da perna” (panturrilha).

Sintomas – De acordo com o médico, os sintomas, quando ocorrem, os mais comuns são: dor, inchaço (edema) e vermelhidão (rubor) no local afetado (pernas e coxas). Quando presentes, pelo risco de embolia pulmonar, que ocorre quando o trombo se desloca das pernas em direção ao pulmão obstruindo a passagem de sangue, o paciente deve procurar ajuda médica de imediato.