O prato da discórdia

Coluna do dia 11 de junho 2022

Discórdia

A escolha do prato típico local tinha tudo para ser um tema de consenso, mas está se tornando um novo capítulo na novela de atritos entre o Executivo e o Legislativo mandaguariense. Mesmo aprovado por unanimidade pelos vereadores, tudo indica que o projeto instituindo a costelada como símbolo gastronômico do município deverá ser vetado pela prefeita Ivonéia.

Polenta

Baseado no resultado de uma enquete que conduziu, o Conselho Municipal do Turismo quer que o prato típico do município seja o frango com polenta. O conselho iria se reunir ontem, dia 10, com vereadores e representantes de alguns segmentos da sociedade para discutir o assunto.

Política?

Há quem diga que essa divergência em torno da escolha do prato típico estaria sendo motivada por questões políticas, já que o Conselho do Turismo só colocou esse assunto em pauta depois que dois vereadores da oposição apresentaram a proposta para dar o título de prato típico local à costelada.

Climão

Quem acompanha as reuniões da Câmara de Mandaguari percebe que os atritos entre os vereadores da situação e da oposição estão sendo constantes. Na última sessão ordinária os edis Professor Danilo e Marcio Cledson reclamaram que estariam sendo impedidos de acompanharem as reuniões das Comissões Permanentes da Casa, nas quais são emitidos os pareceres dos projetos que estrarão em votação.

Sugestão

E falando em Comissões Permanentes, seria interessante que essas reuniões também fossem transmitidas ao vivo e ficassem disponíveis nas plataformas da Câmara como ocorre com as sessões ordinárias e extraordinárias. Isso já acontece em várias Câmaras do país.

Mais simples

Para não onerar os cofres públicos, essas transmissões poderiam ser feitas com uma estrutura mais simples. Uma câmera fixa e um microfone para captação dos áudios seriam suficientes. Isso daria mais transparência aos trabalhos e permitiria à população acompanhar como é feita a análise dos projetos.

Aprovações

Em que pese as cobranças e os atritos com os vereadores da oposição, o Executivo não tem encontrado dificuldade para aprovar os projetos na Câmara. As matérias importantes estão sendo aprovadas por unanimidade, muitas vezes até com a dispensa dos prazos regimentais.

Tribuna

Bastante inusitado o pedido feito pela prefeita Ivonéia para usar a tribuna livre da Câmara e fazer uma espécie de prestação de contas do seu mandato. Geralmente os chefes do Executivo só usam esse espaço nas sessões que abrem o ano ou semestre legislativo ou em sessões solenes.

Demitido

Pelo menos um dos vários processos administrativos instaurados para averiguar a conduta de servidores da Prefeitura de Mandaguari chegou a fim. Esta semana foi publicado no diário oficial o decreto demitindo por justa causa um vigia cuja conduta vinha sendo alvo de sindicância desde junho do ano passado.

Precavido

Enquanto aliados comemoravam e divulgavam aos quatro ventos a decisão que daria ao ex-deputado Do Carmo o direito de reassumir a vaga na Assembleia Legislativa, ele, que era o maior interessado, preferiu ser mais comedido e esperar que o caso fosse analisado pelo colegiado do STF antes de requerer sua posse à Mesa Diretora da Assembleia. Fez bem. Seu colega de partido, Fernando Francischini, que foi o pivô de toda esta celeuma, reassumiu a vaga na segunda-feira, dia 06, e no dia seguinte recebeu a notícia de que deveria deixar novamente o cargo porque a decisão do ministro Nunes Marques havia sido derrubada.