Hora de trabalhar

Coluna do dia 07 de outubro de 2022

Hora de trabalhar

Passado o primeiro turno das eleições e definidos quem serão nossos representantes na Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados e Senado, chegou a hora dos eleitos (e dos não reeleitos) voltarem a trabalhar, já que nos últimos meses suas atenções estavam 100% voltadas às respectivas campanhas.

Desafio

E como a campanha terminou, é bom que os eleitos e seus apoiadores desçam dos palanques, deixem de lado os interesses políticos e se unam em prol da população. É com essa proposta que a coluna traz uma sugestão, que também pode ser interpretada como um desafio aos políticos e lideranças locais.

União de forças

Que tal organizar uma reunião com a participação de representantes de todos os grupos políticos locais e a presença dos deputados mais votados em Mandaguari, bem como do senador eleito, e apresentar a eles uma pauta com as demandas que são prioritárias para a cidade nesse momento e que não podem ser solucionadas sem a participação dos governos estadual e federal?

PR-444 e pedágio

Entre os temas a serem tratados nessa reunião estão a construção dos viadutos na PR-444 e a questão do novo pedágio. Seria fantástico a sociedade local se unir e olhar nos olhos de todos esses políticos para questiona-los como cada um deles pretende nos ajudar a resolver essas questões

Muitos pais

É inconcebível que o projeto dos viadutos e da trincheira na PR 444 esteja há quase um ano no DER sem que haja uma solução. Já que durante a campanha não faltaram pais para essa criança, chegou a hora deles assumirem verdadeiramente o filho e ajudarem resolver o problema.

Acomodados

Também já passou da hora de agir na questão do pedágio. Até quando vamos continuar acomodados assistindo o governo federal definir as regras do novo pedágio sem que haja uma mobilização efetiva para reivindicar os benefícios para a cidade? Deixar para pensar nisso depois que a nova empresa estiver instalada na porta da nossa casa cobrando a tarifa pode custar muito caro para todos, principalmente para quem pretende disputar as eleições de 2024.

Votação

Este ano alguns candidatos a deputado estadual conseguiram aumentar significativamente o número de votos em Mandaguari em relação à 2018. Os grandes destaques foram Tercílio Turini (18 votos em 2018 e 1.348 votos em 2022); Do Carmo (68 votos em 2018 e 1.305 votos em 2022); Soldado Adriano (305 votos em 2018 e 1.782 votos em 2022) e Arilson Chiorato (1.318 votos em 2018 e 2.552 votos em 2022).

Pinta

Um detalhe que chama a atenção na votação de Arilson Chiorato foi que em 2018 ele contava com o apoio do prefeito Romoaldo Batista e do presidente da Câmara, Jocelino Tavares. Agora, sem o apoio de prefeito e de nenhum vereador, praticamente dobrou o número de votos. Um dos fatores que contribuiu para este resultado foram as articulações feitas por seu coordenador de campanha, o mandaguarienses Eduardo “Pinta” Miranda, que conseguiu angariar outros apoios importantes para a reeleição do deputado.

Mais votados

Assim como ocorreu em 2018, este ano os deputados estadual e federal mais votados em Mandaguari foram Tiago Amaral e Sargento Fahur. No entanto, os dois não tiveram o mesmo desempenho da eleição anterior e viram o número de votos cair de forma significativa. Em 2018 Tiago recebeu 5.313 votos e agora foram só 2.874, uma queda de quase 46%. Já a votação de Fahur baixou de 3.643 para 1.640, uma queda de 55%.

Tem explicação

Nos dois casos a explicação é simples. Em 2018 o grupo político ligado ao ex-prefeito Ari Stroher e ao empresário Marcos Jovino estava praticamente 100% fechado em torno da candidatura de Tiago Amaral. Este ano o grupo se dividiu e pulverizou apoios para outros aliados que estavam concorrendo. No caso de Sargento Fahur, que em 2018 era uma novidade na política mas que não  apresentou o desempenho esperado na Câmara Federal, a queda no número de fotos não foi só em Mandaguari. Sua votação total também caiu quase pela metade este ano.

Aposentou

Depois de 35 anos de trabalho, a servidora pública Lucidalva Sehnem, que nos últimos anos exercia a função de diretora de licitações, não faz mais parte do quadro de funcionários da Prefeitura de Mandaguari. Esta semana ela anunciou sua aposentadoria. Para o seu lugar foi nomeado Lucas Renan Rocha Kill, que também é servidor concursado e trabalha na Prefeitura desde 2018.

Mesa redonda

Durante a cobertura das eleições na rádio agora FM aconteceu uma mesa redonda com a participação deste colunista, do radialista e ex-vereador Júlio Cesar Raspinha, do ex-vereador e empresário Eduardo Carvalho, do ex-prefeito e empresário Ari Stroher e do advogado e empresário José Marcos Carrasco.

Produtivo

O encontro do grupo no estúdio não foi combinado previamente, tão pouco a pauta de assuntos que seriam tratados. Mesmo assim a conversa foi altamente produtiva e abordou questões de grande importância para o futuro de Mandaguari.

Planejamento

Um dos assuntos discutidos foi a falta de planejamento na gestão pública e a ausência de um projeto que pense o desenvolvimento de Mandaguari a médio e longo prazo. Um dos grandes problemas é que por aqui as ações implantadas são sempre pontuais e não se analisa os cenários futuros, prevendo os desafios que terão de ser enfrentados nos próximos anos para se buscar as soluções de forma antecipada.

Estrutura

Esta situação é observada em diversos setores, como a falta de estrutura (saúde, educação, sistema viário, moradia, formação de mão-de-obra) para dar suporte às empresas locais que ao se desenvolverem acabam tendo que buscar funcionários em outras cidades ou abrir filiais em outros municípios.

Sem continuidade

Além da falta de planejamento e de visão de futuro, Mandaguari também sofre com a falta de continuidade nas políticas públicas. Se for continuar fazendo algo que o antecessor fazia e dava certo, cada prefeito que entra muda pelo menos o nome do projeto para poder dizer que aquilo foi ele quem criou. Com isso a cidade não firma sua identidade, não tem um foco de desenvolvimento e não cria tradições.

Festa

Recentemente tivemos o exemplo da polêmica que se criou em torno da escolha do prato típico local. Enquanto vereadores trabalham para eleger a costelada, a administração se esforçava para minar a iniciativa e instituir o frango com polenta. Agora, na próxima semana a Prefeitura realizará um evento em comemoração ao Dia de Nossa Senhora Aparecida com o nome de Padroeira Fest. Durante a gestão do ex-prefeito Cileninho, o mesmo evento se chamava Festa da Padroeira. Qual o motivo de não manter o mesmo nome?