Começam as audiências do caso Magó

Começou nesta quinta-feira (17) as audiências do acusado do caso Magó. Pouco mais de 50 pessoas serão ouvidas entre esta quinta e sexta-feira (18) no Fórum de Mandaguari. 

Devido a grande repercursão do caso e a pandemia de Covid-19, esta fase ocorre a portas fechadas e com um grande aparato de segurança.

Em um processo criminal, a realização de audiências é parte essencial. A Justiça ouve, neste caso, pessoas que tinham ligação com a vítima, peritos e o acusado. Nesta fase o acusado terá o direito de apresentar sua defesa. 

Relembre o caso

Maria Glória Poltronieri Borges, a Magó, foi encontrada morta no dia 26 de janeiro de 2020, em uma área de mata a cerca de 10 metros de uma trilha nas proximidades da cachoeira que fica na chácara em Mandaguari. Ela estava com a própria calcinha enrolada no pescoço e apresentava sinais de violência sexual.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) comprovou que a jovem foi abusada sexualmente e morta por por asfixia, causada por estrangulamento com a peça íntima, que foi usada como uma espécie de torniquete. Ela também estava com vários ferimentos pelo corpo, o que aponta que lutou contra o agressor.

Flávio Campana foi preso no dia 28 de fevereiro de 2020, em Apucarana, após um exame realizado pelo Instituto Médico-Legal (IML) comprovar que o material genético encontrado na calcinha e no corpo de Maria Glória era do suspeito.

Dentro do crime de homicídio, a polícia indiciou Campana em cinco qualificadoras – por motivo fútil, meio cruel, a vítima não teve chance de defesa, cometeu o homicídio para assegurar outro crime e feminicídio.

Em depoimento à Polícia Civil, no dia que foi preso, o suspeito afirmou que não estuprou e nem matou Maria Glória Poltronieri Borges, e que os machucados dos braços foram provocados durante um trabalho.