O que esperar do clima em junho de 2020?

Falta menos de um mês para terminar o outono e entraremos no inverno. A nova estação começa às 18h44 de 20 de junho e vai até às 10h31 de 22 de setembro, pelo horário de Brasília.

O Brasil experimentou duas fortes frentes frias durante o mês de maio, que deram muita chuva para o Sul do Brasil e espalharam o frio pelo país. As massas polares que vieram com estas frentes frias foram amplas e fortes.

O frio foi abrangente sobre o Sul, Sudeste, Centro-Oeste chegando a Rondônia, ao Acre e ao sul do Amazonas.

Em 15 de maio, o Epagri-Ciram registrou -4,6°C em Urupema e em Bom Jardim da Serra, as duas cidades localizadas na parte mais elevada da serra de Santa Catarina. Esta foi a menor temperatura no Brasil em 2020, até o momento, considerando medições feitas pelo Epagri-Ciram e pelo Instituto Nacional de Meteorologia.

Embora fortes, estas duas frentes frias passaram sobre o Sudeste e o Centro-Oeste com pouca chuva, embora muita nebulosidade tenha se formada. A cidade de São Paulo acumulou aproximadamente 11 mm de chuva em 29 dias, tendo um dos meses de maio mais secos desde os anos 1960.

A chuva de maio foi volumosa e frequente sobre o Norte e o Nordeste do Brasil. Vale destacar os diversos eventos de chuva forte em capitais nordestinas O mês fecha com chuva acima média em Salvador, Natal, Fortaleza e João Pessoa.

Até a manhã do dia 29 de maio, Natal acumulava aproximadamente 411 mm de chuva e em João Pessoa havia chovido quase 515 mm. Estes era dois maiores volumes de chuva sobre capitais em maio.

O que esperar do clima em junho de 2020?

A previsão é de 5 frentes frias avançando pelo país no mês de junho, quase todas na primeira metade do mês. Na avaliação do meteorologista Filipe Pungirum, da equipe de previsão de clima da Climatempo ” as massas de ar polar voltam a avançar com força sobre o país e continuaremos com episódios de frio intenso de geada”.

Em relação à chuva na Região Sul, que vem tendo um quadro de seca desde o verão, uma boa notícia: a previsão é de chuva volumosa nas principais bacias hidrográficas da Região Sul, com inclusive valores acima da média histórica.

De acordo do Pungirum, de forma geral, a Região Sudeste, terá chuva entre a média e ligeiramente acima da média durante o mês de junho, com massas de ar frio encontrando ambiente próspero para avançar sobre a Região.

Na Região Nordeste, alguns episódios de DOLs (Distúrbios Ondulatórios de Leste) vão causar chuva na faixa leste da Região.

“Na faixa norte da Região Norte, a chuva diminui bastante porque a ZCIT (Zona de Convergência Intertropical) estará se afastando do Brasil”, prevê Filipe Pungirum.

Para o Centro-Oeste, há expectativa de incursão de massas de ar polar com as frentes frias. Há risco de geada nos pontos mais frios de Mato Grosso do Sul.

Sobre a Climatempo

Com solidez de 30 anos de mercado e fornecendo assessoria meteorológica de qualidade para os principais segmentos, a Climatempo é sinônimo de inovação. Foi a primeira empresa privada a oferecer análises customizadas para diversos setores do mercado, boletins informativos para meios de comunicação, canal 24 horas nas principais operadoras de TV por assinatura e posicionamento digital consolidado com website e aplicativos, que juntos somam 20 milhões de usuários mensais.
 

Em 2015, passou a investir ainda mais em tecnologia e inovação com a instalação do LABS Climatempo no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP). O LABS atua na pesquisa e no desenvolvimento de soluções para tempo severo, energias renováveis (eólica e solar), hidrologia, comercialização e geração de energia, navegação interior, oceanografia e cidades inteligentes. Principal empresa de consultoria meteorológica do país, em 2019 a Climatempo uniu forças com a norueguesa StormGeo, líder global em inteligência meteorológica e soluções para suporte à decisão.

A fusão estratégica dá à Climatempo acesso a novos produtos e sistemas que irão fortalecer ainda mais suas competências e alcance, incluindo soluções focadas nos setores de serviços de energia renovável. O Grupo segue presidido pelo meteorologista Carlos Magno que, com mais de 35 anos de carreira, foi um dos primeiros comunicadores da profissão no país.