Julho começa com a tarifa de energia elétrica mais cara

Julho começa com a vigência da bandeira tarifária amarela, utilizada como referência nas contas de luz do mês. O anúncio foi feito na sexta-feira (28), em comunicado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e representa um custo a mais na conta de energia. Com a medida, as cobranças terão um acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 quilowatts-hora consumidos.

O adicional retorna às contas após a autoridade reguladora ter definido bandeira verde em junho, situação em que não é cobrado acréscimo nas contas. No comunicado, a Aneel justificou a bandeira amarela pelo fato de julho ser um mês “típico da seca nas principais bacias hidrográficas do país”.

“A previsão hidrológica para o mês sinaliza vazões abaixo da média histórica e tendência de redução dos níveis dos principais reservatórios. Esse cenário requer o aumento da geração termelétrica, o que influenciou o aumento do preço da energia (PLD) e dos custos relacionados ao risco hidrológico (GSF) em patamares condizentes com o da Bandeira Amarela”, justificou a agência.

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado, de acordo com a Aneel, para sinalizar aos consumidores os custos reais da geração de energia elétrica. O funcionamento das bandeiras tarifárias tem três cores, a verde, a amarela e a vermelha (nos patamares 1 e 2), que indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração.

O cálculo para acionamento das bandeiras tarifárias leva em conta, principalmente, dois fatores: o risco hidrológico e o preço da energia. Os recursos pagos pelos consumidores vão para uma conta específica e depois são repassados às distribuidoras de energia para compensar o custo extra da produção de energia em períodos de seca.

No dia 21 de maio, a Aneel aprovou um reajuste no valor das bandeiras tarifárias. Com os novos valores, caso haja o acionamento da bandeira amarela, o acréscimo cobrado na conta passou de R$ 1 para R$ 1,50 a cada 100 kWh consumidos. Já a bandeira vermelha patamar 1 passou de R$ 3 para R$ 4 a cada 100 kWh e no patamar 2, passou de R$ 5 para R$ 6 por 100 kWh consumidos. A bandeira verde não tem cobrança extra.

 

Como economizar energia e diminuir em até 30% a conta de luz

Com a conta de luz aumentando assustadoramente em quase todas as regiões do Brasil, aprender a economizar energia pode diminuir em até 30% o valor por esse serviço essencial. 

Veja estas dicas de ouro para economizar energia elétrica:

Aprenda a medir: Se você desconfia que sua conta de luz vem aumentando muito, aprenda a calcular o seu consumo diário de energia elétrica:

Mês vigente: Anote a leitura atual do seu medidor e subtraia da última leitura emitida em sua conta de luz. Agora divida esse valor pela quantidade de dias restantes entre elas.

Leitura Atual – Última Leitura / quantidade de dias restantes = consumo médio diário

Meses anteriores: Divida o total da leitura pelo número de dias do mês.

Leitura do mês / número de dias do mês

Identifique quais são os aparelhos que estão consumindo mais energia e adote medidas preventivas

Se mesmo assim você reparar que a sua conta de luz está muito mais alta do que o normal, siga estes passos para identificar as possíveis causas:

Erro de anotação da leitura: Pode ser que o seu medidor esteja desregulado. Faça o teste do medidor. O site Elektro (http://www.elektro.com.br/) montou uma imagem bem ilustrativa que explica como fazer o teste: 
como economizar energia

Se o medidor estiver desregulado, peça uma solicitação de análise para a empresa responsável pela distribuição de energia da sua região. No site da Agência Nacional de Energia Elétrica você pode encontrar as concessionárias responsáveis: http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/links/Default_Detail.cfm?idLinkCategoria=14

Alíquota do ICMS: O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pode aumentar ou diminuir o valor da conta de luz. Dependendo da faixa de consumo você pode se enquadrar em uma alíquota maior ou menor.

Acúmulo de contas: Em alguns casos as contas anteriores podem vir com valor inferior ao valor correto, ou até não vir, mas não se deixe enganar… em algum momento a diferença chega, e quando vier você pode tomar um belo susto.

Troque as lâmpadas incandescentes por Fluorescentes ou LED

Se não for usar, desligue os aparelhos da tomada (quando apertamos o botão desliga, na maioria das vezes o aparelho fica em stand by, consumindo energia… e vamos combinar que é uma energia inútil. E o pior, pode custar até 12% a mais no fim do mês).

Ao viajar, que tal desligar a chave geral da sua residência (é garantia de que os eletrodomésticos não consumirão energia)

Quando puder, use o ventilador ao invés do ar condicionado. A economia chega à 20% em média.

Se o calor estiver mesmo insuportável, daqueles que só o ar condicionado salva, tente manter a temperatura entre 25 e 26 graus. Evite lâmpadas incandescentes nos ambientes em que o ar condicionado está instalado (elas aumentam a temperatura do ambiente). E tente protejer o equipamento do Sol.

Evite colocar alimentos quentes na geladeira, desse modo você não força o aparelho que acaba utilizando mais energia para equilibrar a temperatura interna.

Instale a geladeira com pelo menos 10cm de distância da parede. Isso evita que o calor aumente muito na parte traseira e que a geladeira precise trabalhar mais para dissipá-lo.

Limpe o freezer regularmente. O gelo acumulado pode fazer o aparelho consumir mais energia.

Vai pintar as paredes? Use cores claras, que possam manter o ambiente mais iluminado apenas com a luz solar.

Evite apagar e acender luzes o tempo todo. Algumas lâmpadas consomem mais energia quando são acesas (a lâmpada fluorescente, por exemplo).

Use corretamente extensões e benjamins. Usar muitas extensões, além de não ajudar a economizar energia, também podem fragilizar a segurança elétrica da sua residência ou escritório. Apesar de práticos, este acessórios podem ser muito perigosos de usados de maneira incorreta. Estes acessórios são ideais para aparelhos que consomem pouca energia elétrica como um abajur, ventilador portátil ou telefone. Mas cuidado para não ultrapassar o limite da corrente elétrica da tomada.

Dê um pouco de atenção aos cabos e disjuntores: Em um projeto de construção é muito comum deixar a fase elétrica um pouco de lado, até porquê o custo com materiais elétricos costuma representar de 5% a 7% do custo de uma obra. Uma grande diferença em relação aos 30% da fase de revestimento e decoração, normalmente a fase mais querida.

Porém, ao escolher corretamente o cabo elétrico que será instalado em sua obra, você irá economizar energia por muitos e muitos anos no futuro. Ou então terá de quebrar todas as paredes para trocar os cabos… um desastre.

Um cabo elétrico com baixa espessura (bitola) possui menor capacidade de suportar corrente elétrica do que um cabo de maior bitola. E quando a quantidade de corrente elétrica presente no cabo for superior a máxima a primeira coisa que acontece é o aquecimento desnecessário e um gasto superior de energia elétrica.

Em conjunto com os cabos elétricos, os disjuntores são essenciais para garantir a segurança e a economia de energia. Adeque os disjuntores para que eles não permitam passagem de corrente elétrica maior do que os condutores aguentam.