Falta de água e racionamento de comida atingem Amapá após apagão

Moradores de Macapá têm relatado falta de água, de alimentos e até a impossibilidade de compra para itens básicos.

Sem uma previsão concreta de quando a situação deve se normalizar, a população começa a se organizar para uma manifestação no próximo domingo (8) para cobrar uma posição dos governantes, enquanto se vira para ter o básico.

A historiadora Marcella Viana, de 27 anos, conta que está recebendo amigos de todas as regiões de Macapá na quitinete de dois quartos que ela divide com a mãe, de 50 anos, e as irmãs, de 8 e 20. “A circulação de pessoas lá está alta porque tenho muitos amigos que moram sozinhos e estão sem ter como comer ou tomar banho e minha mãe ajuda eles”, relata.

Além disso, Marcella explica que algumas pessoas têm recorrido a lagos, poços e ao Rio Amazonas, onde recolhem água tanto para o banho como para beber, mesmo que ela não seja potável.

Na noite de quinta-feira, a Prefeitura de Macapá começou a distribuir caminhões pipa para abastecer algumas regiões da capital.

Morando no bairro de Novo Buritizal, a estudante Cássia Riane Amanajas Cordeiro, de 14 anos, conta que ainda não viu nenhum dos caminhões pipa disponibilizados pela Prefeitura na área onde reside com os pais. “Estamos sem água também, até para beber. Os caixas eletrônicos não estão funcionando, então está difícil até de comprar comida, pois nem todos os comércios aceitam cartão de crédito”, relata.