“Quantos votos?”

Vida de eleitor não é nada fácil. E de candidato a vereador então? É muito sofrimento, e eu explico os motivos que me levam a essa conclusão. Ninguém é totalmente santo, nem vilão. Observe!

O cidadão é abordado inúmeras vezes durante uma campanha com pedido de voto dos mais diversos candidatos. São parentes, vizinhos, amigos, conhecidos, amigos dos amigos, enfim, e em cada abordagem, como dizer não? Na maioria dos casos ocorre o contrário, a promessa, e o candidato acredita.

A situação de ambos é dificílima. Aí você pergunta. Mais fácil seria falar a verdade. Sem dúvidas, mas se esquivar não é tarefa fácil. No fim das contas, a decisão do eleitor ocorre nos últimos dias, como coloquei aqui semana passada.

Com o candidato a tarefa não é nada fácil também. Primeira situação: você pede o voto e o eleitor responde: “em você eu voto, mas no seu prefeito, ou prefeita, não”. Você agradece e segue? Tenta mudar o voto da majoritária e perde os dois? E se não tentar, não passa a imagem de desleal? Fácil para decidir não é.

Por fim, a pergunta do milhão: quantos votos para me eleger? A mudança nas regras, e o excesso de candidatos (no caso de Mandaguari) fazem com que tenha dúvidas quanto ao exato número de votos necessários.

No bastidor, gente da área acredita que alguns se elegerão com próximos de 400 votos. Há também aqueles que estimam 600, com risco inclusive, nas chapas mais concorridas.

No fim das contas, os candidatos continuam trabalhando, andando, gastando sola de sapato, sem parar um minuto, afinal, 60% decidirão seus votos nos últimos dias de campanha. Eleição se perde até no dia, e se ganha no dia também.