Média de idade de internados graves da Covid-19 em Maringá é de 35 a 45 anos

Apesar da queda no número de casos ativos se comparado a março, Maringá vive um cenário crítico porque os casos estão mais severos e afetando fortemente a população mais jovem. 

Segundo o secretário de Saúde, Marcelo Puzzi, a população jovem tem precisado de UTI antes de três dias de infecção da Covid-19. É o pico mais alto de pacientes em condição mais severa, o que pode deixar sequelas graves, alerta o secretário.

“Hoje, a situação em Maringá está bastante crítica, para não dizer que está caótica. O número de pacientes necessitando de ventilação mecânica, da 11ª Regional de Saúde à 15ª Regional de Saúde, o qual está vindo para Maringá, é muito grande. A gente conseguiu aumentar mais de 60% de leitos de UTI, estamos aumentado hoje mais cinco leitos de UTI de caráter emergencial, no entanto, a cada dia que a gente aumenta leitos, mais pacientes estão vindo muito graves. […] Esses pacientes jovens estão ficando doentes muito rápido, de uma forma que precisa de UTI antes de três dias de infecção. Não é momento de aglomeração, estamos no pico mais alto no número de contaminações de pacientes graves”, detalha.

Atualmente, a média de idade de pacientes internados graves é de 35 a 45 anos. Segundo o secretário, são pacientes que em uma hora estão bem, e de repente precisam de ventilação mecânica.

“Hoje, o paciente mais novo tem 17 anos, muito grave. A média de idade de pacientes graves está em torno de 35 a 45 anos. No geral, em todo o nosso complexo hospitalar, temos 125 pacientes internados em enfermaria e 58 em UTI. E são pacientes que estão conversando por vídeo com os familiares e de uma hora para outra evoluem para entubação”, frisa.

Ainda segundo o secretário, atualmente cerca de 100 pessoas aguardam leitos tanto de enfermaria quanto de UTI em Maringá. Apesar de ser bastante variável, o secretário compara que em dezembro do ano passado, a média era de 15 pacientes. O apelo é para que a população realmente não aglomere.

“Esse número é muito mutável. Agora tem mais de 100 pacientes aguardando leito. Chega no final da tarde esse número cai para 70, 80 pacientes. Mas para vocês terem uma ideia, no pico do ano passado, em dezembro, o número de pacientes aguardando leito era 15, no pico de março era 60 e agora está acima de 100. […] Não voltamos para o novo normal, estamos vivendo uma situação mais crítica do que aconteceu em março. O cuidado tem que ser permanente”, finaliza Puzzi.