Bombardeios marcam início da guerra entre Rússia e Ucrânia

No final da noite de ontem (23), o conflito entre Rússia e Ucrânia chegou às vias de fato. O presidente russo, Vladimir Putin, deu início à invasão em território ucraniano.

Em seu discurso, Putin declarou que estava iniciada a “operação militar especial” no leste do país, pedindo aos cidadãos ucranianos que largassem suas armas. O russo afirma que agiu após receber um pedido de ajuda dos líderes separatistas da Ucrânia, mas que não ocuparia a região.

Algum tempo depois, começaram explosões e artilharias em Kharkiv e Kiev, além de várias outras cidades ucranianas também serem atacadas. Nas palavras de Putin, qualquer derramamento de sangue está sob responsabilidade ucraniana. 

Diante da possibilidade de outros países intervirem, ele foi direto: quem tentar intervir ou criar ameaças vai sofrer respostas imediatas e consequências nunca antes vistas na história.

Reação

Os Estados Unidos responderam imediatamente, afirmando que o ataque é injustificável e que a Rússia vai pagar pelo que está causando. O presidente norte-americano Joe Biden já anunciou que vai trabalhar com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para coordenar uma resposta.

O espaço aéreo ucraniano foi fechado, e os líderes ocidentais já se articulam para discutir a crise.

Entenda o conflito

A disputa entre Rússia e Ucrânia começou oficialmente depois de uma invasão russa à península da Crimeia, em 2014. O território foi “transferido” à Ucrânia pelo líder soviético Nikita Khrushchev em 1954 como um “presente” para fortalecer os laços entre as duas nações. Ainda assim, nacionalistas russos aguardavam o retorno da península ao território da Rússia desde a queda da União Soviética, em 1991.

Já independente, a Ucrânia buscou alinhamento com a UE (União Europeia) e Otan enquanto profundas divisões internas separavam a população. De um lado, a maioria dos falantes da língua ucraniana apoiavam a integração com a Europa. De outro, a comunidade de língua russa, ao leste, favorecia o estreitamento de laços com a Rússia.