Greve dos motoristas paralisa transporte público em Maringá e Sarandi
Prefeituras e TCCC se manifestam
A manhã desta quinta-feira (10) começou com transtornos para milhares de usuários do transporte público nas cidades de Maringá e Sarandi. Motoristas das empresas TCCC (Transporte Coletivo Cidade Canção) e Cidade Verde entraram em greve por tempo indeterminado, surpreendendo passageiros que, sem aviso prévio, se depararam com terminais vazios e ônibus fora de circulação. Muitos trabalhadores precisaram recorrer a transportes por aplicativo para chegar aos seus destinos.
Em resposta à paralisação, as prefeituras de Maringá e Sarandi divulgaram notas oficiais demonstrando preocupação com o impacto causado à população.
A administração municipal de Sarandi afirmou que está monitorando de perto a situação e cobrando uma resposta formal das empresas sobre a normalização dos serviços. A nota ressalta o compromisso da prefeitura em buscar soluções para garantir o restabelecimento do transporte coletivo o quanto antes, assegurando o direito de locomoção dos cidadãos.
Já em Maringá, a Prefeitura informou que o prefeito Silvio Barros tem mantido diálogo com representantes da empresa e do sindicato dos trabalhadores. Ele também participará de uma audiência de mediação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), agendada para a tarde desta quinta-feira.
Em nota, a Prefeitura de Maringá criticou a deflagração da greve mesmo com a mediação judicial marcada. “Desde o início das negociações, ficou consignado que não haveria paralisação enquanto as tratativas estivessem em andamento. Mesmo assim, o sindicato optou por iniciar a greve nesta data”, afirma o comunicado. A administração municipal também anunciou a criação de um grupo de trabalho conjunto com a concessionária e o sindicato para analisar as reivindicações da categoria e viabilizar uma solução.
A TCCC, por meio do advogado Fabiano Moreira, também se manifestou. Em entrevista, o representante da empresa afirmou que a paralisação ocorreu de forma irregular, já que quase 100% da frota foi retirada das ruas. “O correto seria a manutenção de um número mínimo de veículos em operação. Hoje, apenas dois ônibus adaptados para pessoas com deficiência circularam”, disse o advogado, acrescentando que a empresa estuda recorrer à Justiça para solicitar a retomada imediata do serviço.
Enquanto isso, a população das duas cidades segue sem previsão de normalização do transporte público, enfrentando dificuldades para se deslocar e com poucas alternativas à disposição.