Polícia identifica caminhonete que atropelou e matou pedreiro na PR-444
A Polícia Civil de Mandaguari identificou a caminhonete envolvida no atropelamento que matou o pedreiro Luis Carlos Magri, de 42 anos, na manhã de quarta-feira (16), na PR-444, próximo ao Café Bela Esperança. A vítima, moradora de Arapongas, seguia de moto para o trabalho em Maringá quando foi atingida por uma Ford Ranger preta. O motorista fugiu sem prestar socorro.
Inicialmente, um caminhoneiro foi apontado como suspeito, já que o corpo de Magri ficou preso nos rodados de uma carreta e só foi percebido pelo condutor ao parar no contorno de Marialva, cerca de 20 quilômetros do local do acidente. No entanto, as investigações revelaram que o impacto fatal foi provocado por uma caminhonete.
A polícia conseguiu delimitar o momento exato do atropelamento a partir de imagens de câmeras de segurança da rodovia, incluindo registros em frente ao Motel Álibi e ao Café Bela Esperança. As imagens mostram que a caminhonete passou antes da carreta, sugerindo que o impacto inicial partiu dela. Uma testemunha que estava em uma plataforma no acostamento relatou ter visto a Ford Ranger atropelar a vítima, dar ré, arrastar o corpo e a moto por aproximadamente 100 a 200 metros, e depois fugir.
A Ford Ranger foi localizada posteriormente em Cianorte, cerca de uma hora e dez minutos após o atropelamento, com a parte frontal bastante danificada. A cronologia dos registros confirma a compatibilidade entre os horários e o trajeto percorrido pelo veículo desde Mandaguari até Cianorte.
Proprietário
Segundo a Polícia Civil, o veículo está registrado em nome de um médico residente em Pedralva, Minas Gerais, que atua na cidade de Itajubá, também no estado mineiro. O homem foi identificado como o proprietário da caminhonete, mas ainda não está comprovado se ele era quem dirigia no momento do acidente. A equipe policial tentou contato com o médico, que se recusou a prestar depoimento. A advogada dele também foi contatada, mas a defesa preferiu não se manifestar. Agora, ele será formalmente intimado a prestar esclarecimentos.
De acordo com o Delegado Dr. Zoroastro Nery, o caso pode ser enquadrado como homicídio culposo na direção de veículo automotor, além de omissão de socorro.
Luis Carlos Magri era casado e morava em Arapongas. Todos os dias, por volta das 6h30 da manhã, ele saía de casa de motocicleta rumo a Maringá, onde trabalhava na área da construção civil. Recentemente, havia trocado de emprego em busca de melhores condições salariais. Magri deixa a esposa e dois filhos.