Hamilton exalta protesto antirracista; Verstappen e Leclerc explicam por que não se ajoelharam

A volta da Fórmula 1 neste domingo foi marcada pelo ato antirracista antes do início do GP da Áustria em que todos os pilotos vestiram camisas pretas escritas “End Racism” (“Acabe com o Racismo”, em português). O único a mostrar uma mensagem diferente foi Lewis Hamilton, que exibiu a frase “Black Lives Matter” (“Vidas Negras Importam”). O hexacampeão da categoria exaltou a campanha horas depois da corrida em suas redes sociais, considerando um marco na luta por uma maior igualdade dentro da F1.

– Hoje foi um momento importante para mim e as pessoas lá fora que trabalham e esperam por mudanças. Por maior equidade e uma sociedade mais justa (…) Para mim, foi um capítulo importante no progresso de fazer a F1 um esporte mais diverso e inclusivo. Eu quero um futuro melhor para nossas gerações e as que virão depois. Há muito que precisa ser feito – escreveu Lewis em sua conta no Intagram.

Max Verstappen, Charles Leclerc, Carlos Sainz Jr., Daniil Kvyat, Antonio Giovinazzi e Kimi Raikkonen foram os seis dos 20 pilotos que, durante o ato antirracista não se ajoelharam, gesto considerado um símbolo da luta pela igualdade racial e contra discriminação pela cor da pele. Antes do ato, Verstappen antecipou que não se ajoelharia.

“Estou muito comprometido com a igualdade e a luta contra o racismo. Mas acredito que todos têm o direito de se expressar de uma forma e um tempo que se adeque a eles. Não vou me ajoelhar hoje, mas respeito e apoio as escolhas pessoais que cada piloto fizer.”, disse Max

Já Leclerc deixou nas entrelinhas que não adianta um gesto como o de se ajoelhar se na vida normal a pessoa não se comporta como antirracista:

– Eu acredito que importam mais os fatos e comportamentos em nosso dia a dia do que gestos formais. Não vou me ajoelhar mas isso não significa que eu esteja menos comprometido do que outros na luta contra o racismo.

O ato antes da corrida deste domingo faz parte da força-tarefa “We Race as One” (“Nós Corremos como Um”) liderada pela F1 para promover a diversidade no esporte. A ação se deu após Hamilton cobrar um posicionamento claro da categoria e seus colegas contra o racismo depois da morte do americano George Floyd.