Caso Tatiane Spitzner: Defesa pede novo julgamento

A defesa de Luis Felipe Manvailer pediu à Justiça que a condenação do réu seja anulada e um novo julgamento seja realizado.

Os advogados argumentam que houve diversas irregularidades durante o júri popular, que durou sete dias, em Guarapuava, na região central do Paraná, no início de maio.

O advogado Cláudio Dalledone Júnior, que defende o réu, disse em entrevista à Banda B que existem pelo menos oito razões para pedir a nulidade do julgamento.

“Uma delas é a irregularidade no sorteio dos jurados. Também tivemos uma substituição de testemunha que não seguiu o que determina a lei. Outra coisa é um deferimento de uma acareação que nós pedimos, o juiz não reconheceu o caráter de testemunhas e de assistentes técnicos. Tivemos ainda a exibição de um vídeo de uma testemunha que também foi contraditório ao que manda a lei”, explicou o advogado.

“Temos mais do que comprovado que a decisão foi manifestamente contrária às provas dos autos. Os jurados reconheceram uma prova fraudulenta, aquele exame de necropsia, e isso foi absolutamente demonstrado”, afirmou Dalledone.

O assistente da acusação no caso, o advogado Gustavo Scandelari, defendeu à Banda B que a decisão do júri está correta e que não houve nenhuma irregularidade no julgamento.

“A condenação foi justa e deverá ser mantida pelo Tribunal”, disse Scandelari.

O recurso foi apresentado ao Tribunal de Justiça do Paraná e deve ser analisado pelos desembargadores.

Luis Felipe Manvailer foi condenado a 31 anos, 9 meses e 18 dias de prisão pelo Tribunal do Júri de Guarapuava. Ele foi considerado culpado pela morte da esposa, a advogada Tatiane Spitzner, com os votos da maioria dos jurados.

Ele foi condenado nas qualificadoras de feminicídio, motivo fútil e meio cruel, asfixia. E ainda, pelo crime de fraude processual por mover o corpo da calçada.