Secretário de Saúde comenta investigação sobre morte de jovem e fala sobre atendimento no PAM
O secretário municipal de Saúde de Mandaguari, Ademilson Gregório Machado, o Zenão, participou na manhã desta quinta-feira (30) de entrevista na Rádio Agora FM, onde falou sobre a morte da jovem Thais de Souza Lima, de 35 anos, ocorrida no último final de semana. O caso, que gerou grande comoção na cidade, está sendo apurado pela Secretaria de Saúde e por uma comissão técnica independente.
Zenão iniciou a entrevista lamentando o ocorrido e prestando condolências à família, “Em nome da Secretaria de Saúde, nossos sinceros sentimentos aos familiares e amigos. Foi uma perda muito triste”, declarou.
De acordo com o secretário, a paciente foi atendida inicialmente no Pronto Atendimento Municipal (PAM), encaminhada ao Hospital Cristo Rei e, posteriormente, veio a óbito. O falecimento foi registrado no sábado, por volta das 14 horas.
Logo após ser informado sobre o caso, o secretário afirmou ter determinado a abertura imediata de apuração interna para verificar a conduta dos atendimentos, “No domingo, fui pessoalmente ao PAM, onde permaneci por cerca de quatro horas analisando toda a documentação e os prontuários. Na segunda-feira, mesmo sendo feriado, retornei ao local e, com o diretor médico, realizamos uma análise técnica detalhada”, explicou.
Segundo o secretário, uma comissão especializada, composta por médicos, enfermeiros e farmacêuticos, já foi acionada e está responsável por emitir um parecer técnico sobre o caso. “Essa comissão é independente, a Secretaria não interfere nas conclusões. Assim que o parecer for emitido, vamos adotar as medidas cabíveis”, disse.
Volume de atendimentos e desafios do sistema
Durante a entrevista, Ademilson destacou que o PAM tem enfrentado alta demanda, “Somente este ano, já realizamos cerca de 50 mil atendimentos, número superior à população total do município, que é de pouco mais de 38 mil habitantes, segundo o IBGE. Isso se deve, em parte, à migração de pacientes do sistema privado para o SUS após a pandemia”, explicou.
Ele reconheceu que, diante do volume elevado, podem ocorrer falhas e situações que geram insatisfação entre os usuários, especialmente relacionadas ao acolhimento, “Trabalhamos com cerca de 350 servidores na Saúde. Há profissionais extremamente acolhedores, mas também há casos em que o atendimento não é o ideal. Quando isso acontece, o cidadão deve formalizar a queixa pela Ouvidoria Municipal, presencialmente ou pelo site da Prefeitura. Só com o registro oficial podemos investigar e tomar providências”, ressaltou.
Zenão enfatizou ainda a importância da empatia no atendimento em saúde, “O melhor curso que alguém pode fazer nessa área é, um dia, ser paciente. Quando a pessoa sente na pele o que é estar vulnerável, passa a entender a importância de tratar o outro com humanidade.”
O secretário afirmou que a gestão tem buscado constantemente aprimorar o atendimento e reforçar a humanização no serviço público. “Não estamos dizendo que a Saúde é perfeita. Temos falhas, sim, mas nosso compromisso é melhorar continuamente. A Secretaria está aberta ao diálogo e pronta para prestar esclarecimentos sempre que necessário”, concluiu.
