Quando os filhos seguem os passos dos pais

No Dia dos Pais, celebramos mais do que a presença paterna em casa. Celebramos os exemplos, as histórias e os laços construídos também fora dela. Neste especial, reunimos histórias de pais e filhos que, além da relação familiar, compartilham a convivência diária no trabalho. O ambiente profissional, nesses casos, se transforma em um espaço de união, aprendizado e admiração mútua.

Edilson Fusco do Egito Júnior: uma vida ao lado do pai

Desde criança, Edilson Fusco do Egito Júnior esteve ao lado do pai, Edilson Fusco do Egito. A rotina de trabalho começou cedo e, mais do que uma profissão, criou entre eles uma ligação forte e duradoura. “Desde pequeno ele me levava para a loja, ele ia fazer cobrança no sábado, no domingo, nas casas, porque era tudo nota promissória e me levava junto.”

Com apenas 10 anos, Júnior já trabalhava com o pai e aos poucos foi se moldando pelo exemplo. Quando o pai decidiu mudar de ramo, ele não hesitou em seguir junto. “Como eu já trabalhava com ele na loja, eu fiquei uns 30, 40 dias à toa. Aí ele montou o escritório aqui, que era pequeno e acabei vindo com ele para cá.”

Os dois dividem o dia a dia até hoje, há mais de 30 anos. Em meio a tantas histórias de trabalho, o que mais se destaca é o companheirismo. “A gente briga e brinca o dia inteiro, né? Eu e meu pai somos muito próximos, porque é uma vida toda trabalhando juntos”

Para Edilson Júnior, essa convivência o ajudou a crescer, como profissional e como pessoa. “O trabalho é bom demais. Quando se está trabalhando, você não está na rua procurando coisa errada.”

Ao falar sobre o pai, vem o respeito, a admiração e a emoção. “Meu pai é tudo. Espelho, vitrine… Ele nunca deixou a bola cair, sabe? Fui visitar ele em uma UTI, e ele estava dando risada, conversando comigo. Ele é diferente, é forte.”

O trabalho, nesse caso, não é apenas fonte de sustento. É o elo que mantém dois corações ligados e não apenas no nome igual de pai e filho, mas também, lado a lado, aprendendo, crescendo e se apoiando a cada novo desafio.

Eduardo e Alexandre: laços familiares que fortalecem o negócio

Eduardo Grandizolli de Mattos e Alexandre Grandizolli de Mattos seguem os passos do pai, Rubem Garcia de Mattos, em uma trajetória que mistura família, trabalho e fé. A empresa de compra e venda de pneus, que depois expandiu para a laminação e fabricação de peças, começou em 2002, mas é muito mais do que um negócio: é um legado construído com esforço e união.

Alexandre conta que o pai trabalhou muitos anos em outra empresa antes de abrir o próprio negócio e que desde pequeno eles acompanhavam de perto todo o processo. “Durante as férias, viajávamos juntos para comprar pneus usados, que posteriormente revendíamos. Tratavam-se de sucatas, vendidas para processos de reciclagem”, aponta.

Os irmãos reforçam que tudo foi feito com trabalho árduo e honesto. O crescimento veio com muito trabalho e fé, valores que eles destacam como fundamentais. “Se Deus não está na frente, não adianta.”

Essa fé, cultivada e ensinada pelo pai, é o que sustenta a família em todos os momentos. Os irmãos contam que Rubem sempre os incentivou. “Em todas as nossas decisões, nós oramos.  Se vamos contratar alguém, oramos. Se vamos comprar uma máquina, a gente ora.” A confiança em Deus é, segundo eles, o alicerce que mantém a empresa e a família unidas. Eduardo reforça: “Isso eu aprendi desde quando nós éramos crianças.

Eduardo e Alexandre destacam a importância de ter crescido num lar cristão que ensinou valores sólidos. “Eu vejo que eu sou quem sou, cheguei onde cheguei, e tenho o que eu tenho, em todos os sentidos, de princípios, de índole, por conta dos meus pais.”

Entre as memórias que dividem, está o tempo em que acompanhavam o pai nas viagens para comprar pneus, momentos que marcaram a infância e despertaram o desejo de continuar o trabalho familiar. “Nós sempre viajávamos juntos, acompanhando-o, e acredito que foi justamente por isso que despertou em nós o desejo de continuar sempre juntos.”

O futuro da empresa também está no horizonte dos irmãos, com planos de expandir para a fabricação de parafusos e explorar novas áreas. Mas mesmo com os desafios e o crescimento, o que permanece firme é a base de fé, trabalho e amor que une a família.

Nas histórias de Edilson, Eduardo e Alexandre, o que se repete é o valor de uma presença paterna que ensina não apenas pelo que diz, mas principalmente pelo que faz. Seja no balcão da loja, no pátio da fábrica ou em uma viagem de negócios, esses pais deixaram um legado que vai muito além dos negócios: deixaram valores. E isso, no fim das contas, é o que realmente importa.