Mandaguariense é aprovada em três universidades públicas
Em Mandaguari um nome vem se destacando na educação pela sua dedicação, esforço e apoio familiar: Isadora Gomes Ribeiro, de 17 anos. Natural de Mandaguari, a jovem foi aprovada em três das principais e melhores universidades públicas do Paraná, Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) em 1° lugar, Universidade Estadual de Maringá (UEM) em 1° lugar e a Universidade Estadual de Londrina (UEL), e compartilhou sua trajetória em uma entrevista na Rádio Agora FM (87,7).
Três aprovações, múltiplos caminhos
Isadora explicou que foi aprovada nas universidades por diferentes vias: participou dos vestibulares da UEPG e UEL, além de utilizar o sistema seriado, que envolve provas ao longo do ensino médio, para ingressar na UEPG e UEM. A nota do ENEM também a ajudou a garantir uma vaga na UEM.
A escolha pelo curso e pela cidade
Embora tenha sido aprovada em Jornalismo na UEPG e UEL, Isadora optou por cursar Comunicação e Multimeios na UEM, em Maringá, onde já reside. Para ela, a amplitude do curso e a afinidade com a área foram decisivos: “Achei a área mais ampla e gostei bastante do curso”.
A força da base familiar
A presença de Tânia Gomes, mãe de Isadora, e do pai, Valdir Ribeiro, foi imprescindível para a realização desse sonho. Com orgulho, Tânia contou como a filha foi incentivada desde cedo a valorizar os estudos e a cultura. “Apostamos sempre em uma boa educação”, afirmou. A família sempre priorizou a leitura, o contato com bibliotecas e atividades culturais promovidas pela Comunidade do Doutor Osvaldo, onde Isadora foi criada.
Educação pública, cultura e arte como pilares
Tânia destacou que a filha estudou em escolas públicas e privadas, mas sempre acreditou na potência do ensino público. Ela relatou que levava Isadora desde pequena a museus e livrarias durante viagens, como parte natural da rotina familiar. “Eu não estava submetendo minha filha a uma tortura, estava dando a ela o que há de melhor”, declarou.
Universidade, leitura e novos desafios
Já no início da vida universitária, Isadora relatou que está se adaptando bem ao curso e mantém o hábito da leitura, mesmo com a rotina mais intensa. “Tento ler todos os dias”, disse, reforçando o gosto pelos livros que a acompanha desde a infância.
A arte como instrumento de transformação
Tânia ressaltou que a arte teve papel essencial na formação da filha. “Ela participou de aulas de canto, música e dança. A arte forma o ser humano de maneira mais completa”, disse criticando o foco excessivo dos jovens em conteúdos superficiais nas redes sociais. “A arte torna os jovens mais críticos e reflexivos”.
Reflexão sobre prioridades e acesso à cultura
Em um trecho reflexivo da conversa, Tânia debateu sobre o baixo índice de leitura no Brasil e a perda de interesse por atividades culturais diante das facilidades tecnológicas. Tânia foi enfática ao afirmar que o acesso à cultura depende mais de prioridades familiares do que apenas de questões econômicas. “Existem bibliotecas, eventos culturais gratuitos. É preciso escolher o que se quer ofertar aos filhos”.