Exercício físico: um aliado do coração – benefícios e cuidados

A falta de atividade física é um dos grandes vilões da saúde: segundo a OMS, o sedentarismo está entre os principais fatores de mortalidade e até 5 milhões de mortes anuais poderiam ser evitadas com mais movimento. Pessoas inativas têm risco de morte 20% a 30% maior em comparação às ativas. Em contrapartida, exercitar-se regularmente funciona como um verdadeiro escudo para o coração, reduzindo o risco de infarto e AVC.

Com a prática frequente, o colesterol HDL (“bom”) tende a subir, enquanto o LDL (“ruim”) e os triglicerídeos caem, protegendo as artérias. O exercício melhora a sensibilidade à insulina, ajuda no controle da glicemia, reduz a pressão arterial e combate obesidade, hipertensão e diabetes. Já as atividades aeróbicas – caminhar, correr, pedalar, nadar, dançar – aumentam o condicionamento cardiorrespiratório e reduzem a frequência cardíaca de repouso, aliviando a sobrecarga do coração.

Diretrizes internacionais indicam que 150 minutos semanais de atividade moderada (ou 75 de vigorosa) já reduzem significativamente o risco de cardiopatias. Mesmo volumes menores oferecem proteção: um estudo com 900 mil pessoas mostrou que indivíduos ativos apresentam menor risco de morte cardiovascular e geral do que sedentários. Exercícios aeróbicos podem ainda reduzir a pressão arterial em cerca de 7/5 mmHg em hipertensos – efeito semelhante ao de alguns medicamentos.

E para quem nunca se exercitou? Nunca é tarde para começar. Evidências mostram que até quantidades abaixo das recomendações já trazem benefícios. Vale trocar o elevador pelas escadas, caminhar mais, fazer pausas ativas no trabalho. O segredo é começar devagar, manter consistência e aumentar gradualmente o ritmo. Em poucas semanas já é possível sentir mais fôlego e disposição. Cada passo conta – e é um investimento direto na saúde do coração.