Diabetes: frutas podem, e devem, estar no cardápio, mas com atenção às porções
Muitas pessoas com diabetes evitam frutas pelo sabor doce, mas, na maioria dos casos, elas podem, e devem, fazer parte de uma alimentação saudável. Não existe lista universal de frutas proibidas, mas a quantidade e a forma de consumo precisam ser ajustadas individualmente, de preferência com orientação profissional.
Uma porção de fruta equivale, em média, a 15 g de carboidratos, por exemplo, uma maçã pequena, uma banana prata pequena, uma fatia média de melancia ou 1 xícara (chá) de frutas picadas. Essa é uma referência: frutas variam em tamanho e teor de açúcar, e medir ou pesar no início ajuda no controle.
O ideal para a maioria dos adultos com diabetes é consumir 2 a 4 porções por dia, distribuídas ao longo do dia para evitar picos de glicemia. Frutas com menor índice glicêmico, como morango, maçã, pera, kiwi e laranja, elevam o açúcar mais lentamente. As mais doces, como manga, uva ou caqui, podem entrar no cardápio em porções menores e, de preferência, combinadas com fibras (chia, aveia) ou proteínas (castanhas, iogurte) para retardar a absorção. Sucos, mesmo naturais, elevam rapidamente a glicemia e devem ser consumidos com moderação.
Estudos observacionais indicam que compostos antioxidantes, como antocianinas, flavonoides e vitamina C, ajudam a proteger as células do pâncreas contra o estresse oxidativo, favorecendo a secreção de insulina e melhorando a sensibilidade à sua ação.
Cada pessoa reage de forma diferente: horário da ingestão, combinação com outros alimentos, atividade física e uso de medicamentos influenciam o resultado. Monitorar a glicemia após diferentes frutas é a forma mais segura de identificar quais e em que quantidades se encaixam melhor no dia a dia. Mesmo frutas saudáveis, quando consumidas em excesso, podem elevar a glicemia e dificultar o controle do diabetes.
Com moderação, variedade e acompanhamento, as frutas são aliadas no controle glicêmico e na prevenção de complicações.


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