Notas da Semana

Coluna do dia 25 de agosto de 2025

 Atraso

Esclarecendo aos leitores que nos questionaram durante o final de semana, a coluna não foi publicada na última sexta-feira devido a compromissos profissionais que impossibilitaram a conclusão do conteúdo no prazo normal.

Coerência

Durante a sessão da câmara na última segunda feira o vereador Wanderlei Lukachewski Junior fez um discurso sobre a questão do pedágio e da criação de um possível desvio pela estrada Terra Roxa. A fala do vereador é, disparadamente, uma das mais realistas e coerentes já feitas sobre o tema até agora pelas autoridades locais.

Tempo

O vereador lembrou que um projeto ligando a estrada Terra Roxa à cidade de Marialva dificilmente será concluído antes do início da cobrança das tarifas. A obra em questão envolve, inclusive, desapropriação de terras para que estrada possa se estender até a área urbana de Marialva sem que os motoristas tenham que voltar para a BR-376.

Legalidade

Wanderlei também destacou que, mesmo tendo esse projeto viabilizado,

existe uma questão jurídica a ser considerada. “A gente está diante de uma situação de cunho federal e isso foi discutido e debatido durante muito tempo, inclusive depois com o fechamento da estrada”, ressaltou.

Recordando
Para quem não sem recorda, no final do período de concessão, a Viapar conseguiu judicialmente fechar um dos acessos da Terra Roxa, impedindo que a via continuasse sendo utilizada pelos moradores de Mandaguari e Marialva como desvio da praça de pedágio. Essa decisão criou uma jurisprudência que, se a nova concessionária assim o desejar, será um forte argumento para impedir que aquela via volte a ser uma rota alternativa ao pedágio. “Essa questão específica me preocupa muito”, afirmou.

Desconto
De acordo com o vereador, é preciso sim, avançar com o projeto da Estrada Terra roxa, porém é fundamental se trabalhar uma segunda alternativa. “Se eventualmente a Justiça Federal, posteriormente, entender sobre uma possível ilegalidade da via, a gente consiga o desconto (na tarifa), porque afinal de contas, (a população) tendo o desconto, a gente vai ter mais tempo para pensar na Terra Roxa”, disse.
Denúncia

Após a vereadora Claudete Velasco denunciar ao Ministério Público que estaria sofrendo perseguição política na Câmara Municipal motivada por questões de gênero, a promotora Roberta de Almeida Said Coimbra, titular da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca, enviou uma recomendação administrativa para a o Legislativo a fim de garantir a interrupção dessa prática para que a vereadora possa exercer suas atividades sem discriminação nem cerceamento dos direitos.

Fatos

Na denúncia, Claudete alegou que foi excluída das Comissões Permanentes da Câmara pelo fato de ser mulher. Ela afirmou ainda ter sido impedida de fazer uso da fala na cerimônia de posse da Procuradoria da Mulher, sob alegação de que usaria a oportunidade para “fazer política”.

Procuradoria

No documento expedido pela Promotoria, fala-se ainda em “tentativas de desmantelamento da Procuradoria da Mulher e restrições à atuação da vereadora Claudete e de sua procuradora adjunta”.

Orientações

Na recomendação, a promotora pede que se “adote as medidas necessárias para assegurar o livre exercício do mandato da vereadora Claudete Pereira Velasco da Conceição e o desempenho de suas funções como Procuradora da Mulher, abstendo-se de qualquer ato que configure assédio, constrangimento, humilhação, perseguição ou ameaça, bem como, coibindo a sua prática”.

Coibir

A promotora pontua ainda que se “implemente mecanismos eficazes para coibir e punir qualquer tipo de violência de gênero no âmbito da Câmara Municipal, garantindo um ambiente de trabalho respeitoso e igualitário para todas as mulheres que exercem funções públicas” e que o presidente “oriente todos os vereadores e servidores sobre a legislação vigente referente à violência política de gênero, a fim de prevenir futuras ocorrências e promover a conscientização sobre o tema”.

Resposta

Além de determinar a publicação do documento nas plataformas oficiais da Câmara, foi dado prazo de dez dias para que seja enviada uma resposta a respeito do acatamento ou não da recomendação e que, no prazo de 30 dias, informe, por meio de documentos comprovatórios, as ações práticas adotadas para atende-la.

O outro lado

Por meio da assessoria de imprensa, a Câmara afirmou que “seguiu todas as recomendações expedidas pelo Ministério Público do Paraná. Inclusive, o presidente Edilson Montanheri fez menção às recomendações na última sessão ordinária.

Aguardar

Já a vereadora Claudete contou à coluna que foi informada pelo presidente que a Câmara respondeu ao Ministério Público que cumprirá as recomendações. Mas, segundo ela, somente acompanhando o dia a dia do Legislativo daqui por diante é que será possível saber ser isso realmente acontecerá.

Maringaense

O ex-presidente da Câmara de Mandaguari, Hudson Guimarães, se consolidou no cenário político de Maringá, para onde se mudou já alguns anos. Depois de ocupar cargos estratégicos durante a gestão Ulisses Maia ele foi um dos coordenadores da campanha do vice de Ulisses, Edson Scabora, na disputa pela prefeitura daquela cidade no ano passado.

Gerente

Mesmo tendo apoiado um adversário do grupo que venceu as eleições, no começo deste ano ele foi nomeado pelo prefeito Silvio Barros como gerente de merenda escolar na Secretaria de Educação, cargo que ocupou até o mês passado.

Chefia

Na última terça-feira, Hudson foi nomeado chefe de gabinete da presidente da Câmara de Maringá, Majô Capdeboscq, que é do mesmo partido do prefeito Silvio Barros.

Edição concluída às 13 horas do dia 25 /08/2025.